O presidente da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, marcou nesta segunda-feira (13) o julgamento dos réus do Núcleo 2 da suposta trama golpista em 2023. As sessões tiveram lugar para dezembro, especificamente nos dias 9, 10, 16 e 17.
O grupo é composto por ex-assessores do governo Jair Bolsonaro (PL), militares da reserva e ex-dirigentes da área de segurança pública. Este será o último grupo de réus a ter a sua acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) comprovada.
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Quem são os acusados no Núcleo 2
- Fernanda de Sousa Oliveiradelegado da Polícia Federal e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Marcelo Costa Câmaracoronel da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro;
- Filipe Garcia Martins Pereiraex-assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência;
- Marília Ferreira de Alencarex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
- Mário Fernandesgeneral da reserva e ex-subchefe da Secretaria-Geral da Presidência;
- Silvinei Vasquesex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com a denúncia, os acusados participaram de diversas frentes na tentativa do suposto golpe. Entre elas, o uso da estrutura da Polícia Rodoviária Federal para “atrapalhar o deslocamento de reuniões em regiões específicas ao adversário de Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022”.
Outro ponto destacado foi a elaboração da minuta de um decreto que romperia com as bases democráticas do país, além de planos de monitoramento e intimidação de autoridades públicas. Para o presidente da Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet, as provas indicam que os membros do Núcleo 2 possuíam “posições relevantes e de confiança” no governo, o que facilitou a execução de ações na suposta tentativa de golpe.
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