A viagem que o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, fez a Israel na semana que vem foi cancelada depois dele dizer que o governo holandês prenderia o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, caso este visitasse o país europeu.
Nesta quinta-feira (21), o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza.
Segundo informações do jornal The Times of Israel, o gabinete do ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, informou que ele conversou com Veldkamp e os dois concordaram em cancelar a visita.
A pasta informou que Sa'ar expressou sua “decepção” com os comentários de Veldkamp sobre cumprir os mandatos de prisão contra Netanyahu e Gallant.
Mais cedo, Veldkamp havia dito que a Holanda “cumpre 100% o Estatuto de Roma”, o tratado que criou o TPI (sediado no país europeu, na cidade de Haia) e que estipulava que os países signatários cumprissem mandatos de prisão expedidos pelo corte .
“Se pisar em solo holandês, será preso”, afirmou Veldkamp, que disse que os contatos “não essenciais” com Netanyahu serão cortados.
A agência Reuters informou que o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, disse que seu país, signatário da TPI como a Holanda, também cumpriria a ordem de prender o primeiro-ministro israelense caso ele visitasse o território italiano.
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