O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou nesta quinta-feira a reabertura do inquérito da Polícia Federal sobre a suposta interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na corporação durante seu mandato.
Moraes recebeu um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para apurar se Bolsonaro usou uma estrutura do Estado para obter informações privilegiadas e envolver investigações que envolviam aliados e familiares.
Para Gonet, há elementos que justificam aprofundar a apuração, especialmente diante dos diálogos entre Bolsonaro e o então ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O procurador também sustentou que pediu que a troca no comando da PF à época e os pedidos de mudanças na Superintendência do Rio de Janeiro e de Pernambuco tivessem como objetivo permitir o acesso a informações confidenciais.
Uma investigação sobre a interferência possível na PF foi aberta em abril de 2020, mas a então vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, solicitou o arquivamento do inquérito.
Agora, o procurador-geral considera que é necessário retomar as investigações e verificar se ocorreu o uso da estrutura do Estado para a obtenção clandestina de dados confidenciais.
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