Atual presidente da Fiesp, Gomes é filho de José de Alencar, vice de Lula em 2022. Intenção é também reforçar um compromisso conjunto entre empresários e autoridades com a democracia e estabilidade institucional. O empresário Josué Gomes da Silva, atual presidente da Fiesp, no Senado, em imagem de julho de 2019
Geraldo Magela/ Agência Senado
O ex-presidente Lula (PT) quer um encontro com o presidente da Fiesp, Josué Gomes, para discutir uma agenda com empresários durante a campanha eleitoral. O primeiro gesto foi feito: na semana passada, o ex-governador Wellington Dias, um dos coordenadores da campanha de Lula, esteve com Josué, na Fiesp.
Dias confirmou o encontro ao blog e a intenção de Lula de se encontrar com Gomes, filho do ex-vice de Lula José de Alencar – que morreu em 2011. Ainda não há data para o encontro.
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Segundo Dias, a intenção na aproximação com Josué – por estar no comando na Fiesp – é também reforçar um compromisso conjunto entre empresários e autoridades, incluindo Judiciário, com a democracia e estabilidade institucional independentemente do resultado eleitoral.
Dias e outros assessores de Lula têm procurado Gomes e diversos empresários para discutir propostas e ouvir diferentes setores, como indústria, mercado financeiro, entre outros.
Aos empresários, assessores de Lula acenam com uma proposta: se o ex-presidente for eleito, pode retomar o “Conselhão”, que foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019. Dias afirma que o grupo é importante pois sinalizaria também “governabilidade”.
O grupo era composto por cerca de 90 representantes da sociedade civil, com grande número de empresários que se reuniam com o governo para sugerir ideias e debater soluções para o País.
Economia
Como o blog publicou nesta semana, diversos setores do mercado têm cobrado da campanha de Lula que defina um interlocutor para dialogar com empresários, como um representante da economia da campanha. Uma ala da campanha, que transita entre Lula e Alckmin, defende um nome como de Pérsio Arida, próximo do PSDB e de Alckmin, para conversar com empresários.
Arida, que chegou a se reunir com Aloizio Mercadante para uma conversa, não recebeu nem convite, nem sondagem para assumir nada na campanha, tampouco colabora com programa de governo, como chegou a dizer a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nesta semana. Mesmo assim, ele é um dos nomes favoritos de alguns integrantes da campanha para um novo aceno ao centro para o mercado.
Mas há uma divisão na campanha a respeito do tema. Outra ala discorda da estratégia de ter um “protagonista” para falar pela campanha na área econômica. Defendem que as propostas de economia sejam construídas a várias mãos.
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