Presidente norte-americano mandou enviado ao Brasil a fim de convidar brasileiro e evitar risco de esvaziamento do encontro de chefes de Estado, entre 6 e 10 de junho, em Los Angeles. O presidente Jair Bolsonaro aceitou convite do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para participar da Cúpula das Américas entre os próximos dia 6 e 10, em Los Angeles, informou o Ministério das Relações Exteriores.
A decisão de Bolsonaro de participar — antecipada pelo colunista Lauro Jardim, de o “O Globo” — foi anunciada dois dias depois de o presidente ter recebido no Planalto o enviado especial para a Cúpula das Américas, Christopher Dodd, e o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Douglas Koneff.
O objetivo da Cúpula das Américas é reunir os líderes do continente para discutir o fortalecimento da democracia na região.
O governo norte-americano, que organiza a nona edição do encontro, não convidou Nicarágua, Venezuela e Cuba. Como reação, México, Bolívia, Honduras e algumas nações do Caribe anunciaram que não participarão se não forem convidados todos os países do hemisfério.
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Em nota emitida nesta terça pela Embaixada dos Estados Unidos, Christopher Dodd declarou ter manifestado a Bolsonaro durante a reunião o “desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero”.
Bolsonaro tem uma relação distante com Biden, já que na eleição de 2020 declarou apoio ao então presidente Donald Trump, derrotado na tentativa de se reeleger. Bolsonaro chegou a afirmar que houve fraude na eleição dos Estados Unidos. Ele e Biden ainda não tiveram uma reunião bilateral.
Os presidente Jair Bolsonaro e Joe Biden
Adriano Machado/Reuters e Carolyn Kaster/AP
O governo Biden tenta demonstrar, com a realização da cúpula, que retomou o protagonismo em temas latino-americanos.
No último dia 18, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que “aparentemente” a cúpula terá “baixa adesão” devido à possibilidade de ausências de líderes que contestam a exclusão de Venezuela, Cuba e Nicarágua.
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