A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (24) a segunda etapa da Operação Corsários, que investiga uma ação de suposta organização criminosa na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) entre 2015 e 2018 direcionando licitações e desviando recursos públicos de contratos fechados com prestadores de serviços de serviços, um deles para locação de veículos. Os agentes federais estão cumprindo oito mandados de busca por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
A primeira fase ostensiva da investigação, aberta em maio de 2021, fez buscas em endereços ligados à senadora Rose de Freitas (MDB). Na ocasião, a emedebista recusou enfaticamente ter cometido qualquer ato ilícito e denunciou “tentativa de desabonar sua honra e atenção”. Ressaltou que todos os esclarecimentos seriam prestados por seus advogados.
Na segunda etapa da Corsários, nesta terça-feira, os agentes executam oito mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. A ofensiva mira claros delitos de peculato, crimes licitatórios, corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O início teve início após alerta sobre exigência de propinas por servidores da Codesa em contrato de locação de veículos. A Polícia Federal indica que também há ocorrências de fraudes em contratos firmados com outras empresas, entre 2015 e 2018.
“As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certos, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subseqüentes”, explicou a PF em nota quando a primeira fase da operação foi instalada.
Sobre o nome da operação, uma corporação explicou que o corsário “era alguém que, por missão ou carta de corso de um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nação”.
“De forma semelhante, ao considerar que as pessoas eram nomeadas por autoridade parlamentar com influência e influência, com a intenção de desviar recursos públicos da área portuária, acumulando verbas do próprio governo ao qual permaneceram”, registrou uma corporação.