A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou nesta quarta-feira (22) que o Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição da deputada licenciada federal Carla Zambelli (PL-SP). O parlamentar foi condenado a 10 anos de prisão, pagamento de multa no valor de R$ 2 milhões e perda do mandato pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O hacker Walter Delgatti Neto, que teria atuado a mando da deputada, foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão e ao pagamento solidário da multa. Após a explicação, ela foi aos Estados Unidos, mas se mudou para a Itália, por ter a cidadania do país europeu.
A deputada foi presa no dia 29 de julho e, desde então, segue aguardando a análise do pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. Em nota, a AGU afirmou que o “parlamentar está presa cautelarmente no país europeu, por decisão da Corte de Apelação de Roma, que nestes casos há grave risco de fuga”.
“A Advocacia-Geral da União (AGU) atua no processo de extradição parlamentar com o objetivo de fazer cumprir as determinações da Justiça brasileira”, diz o comunicado. UM Gazeta do Povo Entrei em contato com a defesa de Zambelli, mas ainda não obtive retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
No início deste mês, um deputado anunciou uma greve de fome após a decisão da Corte de Cassação Italiana de manter-la presa e criticou o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, que defendeu a sua permanência na prisão.
No último dia 15, um grupo de parlamentares da oposição solicitou uma revisão da decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), apontando que “não há provas contundentes” contra Zambelli.

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