O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que pretende ouvir o jurídico da Casa antes de uma decisão sobre o futuro do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A fala ocorreu durante a convenção do PSDB, nesta quinta-feira (27). A convenção concluiu elegendo o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) presidente nacional da sigla.
Após a explicação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no caso envolvendo uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Motta decidiu seguir o rito padrão, encaminhando a determinação de perda de mandato à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O processo segue parado na comissão, sob relatoria do deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR). Questionado se adotará o mesmo rito no caso de Ramagem, o parlamentar disse que analisará a decisão do Supremo e que não está “com a verdade fundamentada”.
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Motta já decidiu contra Ramagem ao proibir votação remota do exterior
Motta já tomou uma decisão que afeta diretamente Ramagem: o presidente da Câmara proibiu que os deputados usem o sistema infoleg, que permite a votação de forma remota, quando estiverem no exterior e fora de missão oficial.
Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado está nos Estados Unidos, país para onde passar antes do Supremo Tribunal Federal (STF) decretar o trânsito em julgado da ação que julgou o suposto plano golpista no Brasil. Ramagem foi condenado a 16 anos de prisão. Com a declaração, o ministro Alexandre de Moraes determinou o envio do seu nome ao Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP), além da remessa da determinação de perda de mandato à Câmara.
A esposa do deputado, Rebeca Ramagem, disse ter sido alvo de mandato de busca determinado por Moraes, cumprido enquanto estava em um avião, com suas filhas de 7 e 14 anos. Ela alegou que seu celular foi descoberto pela Polícia Federal.

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