Manifestantes ocuparam a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste final de semana, para protestar contra as condenações decididas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Eles fixaram cartazes na praia com fotos dos condenados e as respectivas penas em frente ao hotel Copacabana Palace. Entre os citados estão o tenente-coronel Mauro Cid, que fez um acordo de delação premiada com a Justiça, o ex-deputado federal Daniel Silveira, os jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo (apontados como exilados nos Estados Unidos), entre outros.
O protesto ocorre em meio à realização da cúpula do G20 que reúne, nesta segunda (18) e terça (19), líderes das 19 maiores economias do mundo e representantes da União Europeia e da União Africana. A escolha do momento coincide com a atenção internacional externa para a cidade.
Até o momento, o STF já condenou 265 pessoas por envolvimento nos atos de 8/1, sendo 223 por crimes graves relacionados à destruição do patrimônio público e 42 por incitação ao golpe após se recusarem a firmar acordos com a Justiça. Além disso, o Supremo homologou acordos com 476 acusados e absolveu quatro pessoas. Até 18 de novembro, outros 15 réus que se recusaram a aceitar acordos serão julgados.
Paralelamente, a Justiça argentina emitiu na semana passada uma ordem de prisão para 61 cidadãos brasileiros investigados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, atendendo a um pedido do STF. A medida foi decretada pelo juiz Daniel Rafacas e se aplica a brasileiros que, segundo as autoridades, já possuem sentenças definitivas no Brasil.
Na última sexta (15), a polícia argentina prendeu um dos fugitivos, Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos, na cidade de La Plata, próxima a Buenos Aires. Gusmão foi condenado em fevereiro a 17 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, danos ao patrimônio, associação criminosa e tentativa violenta de abolir o Estado democrático de direito.
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