Um dia após ser oficialmente indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como nome da família para a corrida presidencial, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) iniciou o movimento político com um recado direto à direita. Na declaração feita neste sábado (6), ele afirmou que as negociações começarão a partir de agora e que o primeiro gesto será trabalhado pela aprovação da anistia ainda neste ano.
“O primeiro gesto que eu peço a todas as lideranças políticas que se dizem anti-Lula é aprovar a anistia ainda este ano”, afirmou o senador. Flávio disse ainda esperar não ser visto como “radical” ao defender o perdão para aqueles que chamaram de inocentes. “Temos só duas semanas, vamos unir a direita”, completou.
A fala seguiu na esteira da indicação feita por Jair Bolsonaro, que escolheu Flávio como seu representante político para a disputa presidencial, após meses de especulações sobre outros nomes do campo conservador e da centro-direita. A sinalização marca o início formal da união nacional do senador como pré-candidato a presidente. Ele passou a se posicionar como liderança de convergência da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O tema da anistia é tratado como bandeira prioritária por parlamentares aliados de Bolsonaro, que enxergam a medida como resposta política às decisões do Judiciário. Do outro lado, parlamentares governamentais resistem à proposta e avaliam que o tema enfrenta fortes obstáculos jurídicos e políticos no Congresso.
Com o calendário apertado e a proximidade do recesso parlamentar, a declaração de Flávio Bolsonaro sinalizando que a pressão sobre as lideranças partidárias deve se intensificar nas próximas duas semanas, colocando a anistia como teste imediato de força e unidade do campo conservador.

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