Há quem postule que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, pode se filiar à União Brasil para disputar a reeleição em 2024. Não há, porém, comprovativo de que haja, neste momento, articulações políticas entre a cúpula do partido e o gestor municipal.
O que se sabe é que a candidata a prefeita dos sonhos das cúpulas da União Brasil (leia-se governador Ronaldo Caiado) e MDB (leia-se Daniel Vilela) é a empresária Ana Paula Rezende, filha de Iris Rezende e mulher do empresário Frederico Peixoto, sócio da construtora FGR (leia-se condomínios Jardins). Porém, dada a sua falta de vontade, outros políticos estão se posicionando.
A deputada federal Silvye Alves (União Brasil), que aparece bem nas primeiras pesquisas de intenção de voto, estaria se posicionando para o pleito de 2024. O que lhe falta é experiência, tanto política quanto administrativa. Mas tem votos, o que é crucial. Resta saber se conseguiria montar uma aliança política para sustentar a sua candidatura. Há quem recomende que fique mais algum tempo no Congresso, para obter mais experiência e mais estofo político. Se não for candidato a prefeita, será uma forte eleição “geral”.
Mas e Bruno Peixoto (União Brasil), o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás?
Para disputar uma eleição majoritária, o político precisa agregar — formatando uma ampla frente política — e, claro, ser bom de voto. Bruno Peixoto foi o deputado estadual mais votado do pleito de 2022 (sua votação daria para elegê-lo deputado federal).
Mas o grande lance de Bruno Peixoto, que demonstrou sua imensa capacidade de articulação, foi a eleição para presidente da Alego.
Havia vários nomes cotados para presidir a Assembleia — Lincoln Tejota, ex-vice-governador, Renato de Castro, ex-prefeito de Goianésia, e Virmondes Cruvinel, deputado estadual experimentado (e bancado pelo deputado Lissauer Vieira, então presidente da Alego). Bruno Peixoto, que corria por fora, foi conversando com os deputados, antigos e novos, e caiu, por assim dizer, nas suas graças. Ao final do processo, todos os demais pré-candidatos se desidrataram e decidiram apoiá-lo. Resultado: o jovem deputado obteve o voto de todos os deputados. Sim, 41 votos.
O que ficou evidenciado? Primeiro, Bruno Peixoto agrega e sabe ouvir. Segundo, montou uma mesa diretora democrática, com a participação de deputados de vários partidos. Terceiro, uma vez eleito e tendo assumido o comando da Alego, está cumprindo os compromissos com os aliados.
Portanto, há a possibilidade de Bruno Peixoto disputar a Prefeitura de Goiânia, e com o apoio da União Brasil, do MDB e de vários partidos. Como disse um deputado, “Bruno sabe comer pelas beiradas até chegar ao prato principal”. Que ninguém fique surpreso, então, se, em 2024, o presidente da Alego aparecer como candidato a prefeito. (EFB)