O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que está exilado nos Estados Unidos, conversou nesta segunda-feira (24) com o ex-estrategista da Casa Branca Steve Bannon no programa Sala de Guerrada emissora A verdadeira voz da Américaonde pediu que o governo do presidente Donald Trump suportasse as avaliações já aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes e ampliasse as medidas para alcançar mais autoridades brasileiras consideradas próximas ao magistrado. Eduardo afirmou que medidas adicionais são úteis para conter o que foi classificado como avanço autoritário no Brasil.
Durante uma entrevista, o deputado brasileiro disse que Moraes “não atua sozinho” e defendeu que o governo Trump avaliasse a extensão da Lei Magnitsky – já aplicada a Moraes – a outros nomes do alto escalonamento brasileiro. Ele citou diretamente o procurador-geral da República, Paulo Gonet, como exemplo de autoridade que, segundo ele, deveria ser alvo da lei.
Eduardo argumentou que, além de ampliar as punições, os Estados Unidos deveriam reforçar o cumprimento das normas financeiras incluídas nas avaliações. Segundo ele, a aplicação rigorosa das regras mencionadas na Lei Magnitsky impediria brechas no sistema bancário brasileiro. Segundo o parlamentar, seria necessário “fazer cumprir a lei americana para garantir que os bancos e o sistema financeiro brasileiro estejam de acordo com a legislação dos Estados Unidos”.
Segundo disse Eduardo, a aplicação rigorosa das avaliações seria uma forma de responder aos abusos que atingem opositores e cidadãos comuns no Brasil. O deputado declarou que, no país, as ações do Judiciário estão mirando não apenas a família Bolsonaro, mas também “apoiadores e pessoas comuns”, o que, na avaliação dele, demonstra um método de intimidação política.
“Eles intimidam para que ninguém poste nada contra eles”, disse Eduardo.
O povo brasileiro já está muito grato ao Pres. @realDonaldTrump e expressaram-no em recentes manifestações de rua, carregando cartazes em inglês com essa mensagem de apreço.
Contudo, considerando a aplicação da Lei Magnitsky, como expressão de justiça,… pic.twitter.com/TvQdh3Kkio
—Eduardo Bolsonaro????????? (@BolsonaroSP) 24 de novembro de 2025
Segundo Eduardo, o que ocorre no Brasil pode ter repercussão direta no futuro político dos Estados Unidos. O deputado afirmou que discutir o caso Bolsonaro nos EUA também é discutir o futuro de Trump e de seus aliados no governo americano.
Antes de questionar Eduardo, Steve Bannon afirmou que o alerta de que o deputado brasileiro faria era “muito claro” e descreveu o ambiente político no Brasil e nos Estados Unidos como marcado pela atuação de radicais de esquerda. No começo deste mês, Bannon alertou que figuras conservadoras dos EUA poderiam enfrentar processos e até serem presos caso os republicanos não vencessem as eleições de meio de mandato do ano que vem e perderam o controle do Congresso.
Na publicação no X, que divulgou o vídeo da entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou que o povo brasileiro “é muito grato” a Trump, mas sustentou que a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades que dá suporte aos abusos do presidente de Moraes para ajudar a conter o “ímpeto autoritário” no país.

Deixe o Seu Comentário