As medidas que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve contra o ex-presidente Jair Bolsonaro motivaram críticas à direita nesta segunda-feira (13). Os políticos obtiveram seu espaço no Parlamento e foram às redes sociais para atacar a atuação de Moraes, que manteve a prisão domiciliar e uma série de restrições. Moraes ainda não comentou estas decisões.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou que o Brasil atravessa um período de insegurança jurídica provocado por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar citou o caso do ex-assessor internacional da Presidência da República no governo de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, preso em 2024 na operação que investigou uma suposta tentativa de golpe de Estado, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que permanece em prisão domiciliar.
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Para ele, ambos são exemplos de processos prolongados de forma “irregular”, com prisões mantidas sem respaldo legal. “Nem em períodos de privacidade podem-se admitir medidas dessa natureza, que extrapolam, que desafiem a legalidade”, declarou.
Repercussão no X
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou no X que o pai é um “refém” e que seguirá na luta pela liberdade dele. “Vamos continuar lutando pela liberdade deste refém!”, escreveu.
O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), disse que “insistir” nas medidas representativas mais “graves visíveis” e que “fingir a normalidade nesse momento é mais uma prova diária de que o que menos importa é a liberdade e a democracia”.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) afirmou que Moraes mantém a prisão como “abuso de autoridade”. Já o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) afirmou que Bolsonaro é um “perseguido” porque “nunca disse o que queria ouvir”.
A deputada Julia Zanatta (PL-SC) declarou que Bolsonaro está “preso ilegalmente, sequestrado pelo Estado” e que o ministro estaria dentro do pedido de revogação da prisão.
Moraes manteve a prisão
O ministro Alexandre de Moraes negou Nesta segunda-feira (13) o pedido da defesa do ex-presidente para a revogação de sua prisão domiciliar. O inquérito é que apura sua suposta interferência à Justiça.
Moraes ainda vê risco de fuga do ex-presidente. Além da prisão, o magistrado proibiu Bolsonaro de usar celulares, redes sociais e reteve seu passaporte. A decisão ocorre depois que um parecer da Procuradoria-Geral da República opinou por manter as medidas cautelares.
A autoridade ocorre no âmbito do inquérito que também investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Nele, a Polícia Federal associada a Eduardo e Jair Bolsonaro se supõe em conjunto com os Estados Unidos na aplicação de avaliações contra autoridades brasileiras por meio da Lei Magnitsky. Com tais atitudes, Eduardo e Jair Bolsonaro estariam, de acordo com os autos, tentando coagir Moraes.
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