Guilherme Derrite (PP) assumirá seu mandato na Câmara para relatar um projeto de lei que equipara as facções criminosas e organizações terroristas. Pré-candidato ao Senado, Derrite venceu as eleições para deputado federal por São Paulo, mas deixou o cargo de assumir o cargo de secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo.
A troca deve ocorrer em novembro. O atual relator da proposta é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar eleito em ceder a relatoria para o atual secretário. Os dois foram entrevistados CNN Brasil. Nikolas diz que honrou Derrite ao ceder a relatoria. O deputado justificou a decisão dizendo que Derrite “tem o histórico no combate às organizações criminosas.” Para Derrite, “as organizações criminosas atuam como terroristas há muito tempo”.
Para o secretário, a medida não é solução definitiva, mas pode ajudar. Ele atribuiu à impunidade o aumento da criminalidade no Brasil.
O autor do texto é o deputado federal Danilo Forte (União-CE). A proposta pretende alterar a lei antiterrorismo. Com a alteração, milícias e organizações criminosas também entrariam no papel do que é considerado organização terrorista. Em maio de 2025, a Câmara aprovou a urgência da proposta. Falta, agora, a votação no plenário. Para isso, o presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) deverá incluir o projeto em pauta.
VEJA TAMBÉM:
- Moradores da Penha encontram mais de 60 corpos na mata um dia após operação no Rio
- EUA emitem alerta de viagem para cidadãos americanos após megaoperação no Rio de Janeiro
No Rio, operação policial transformou paisagem em “cenário de guerra”
Os projetos sobre segurança pública reaquecem após, no Rio de Janeiro, a Operação Contenção terminar com mais de 100 mortos, incluindo ao menos quatro policiais. A operação, fruto de ação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e as polícias civis e militares do estado, buscava conter o avanço do Comando Vermelho em comunidades cariocas.
A oposição e o governo do Rio de Janeiro criticam a falta de auxílio por parte do governo federal. Em meio às mortes, Planalto e bancada governista trazem à discussão a PEC da segurança pública, proposta que pode centralizar a gestão das polícias na União. Os governadores acreditam que a proposta, caso aprovada, pode enfraquecer o combate às áreas específicas da criminalidade.
Deixe o Seu Comentário