A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro André Mendonça que barrou o depoimento da advogada e influenciou a digital Deolane Bezerra.
O recurso foi apresentado ao STF pelo presidente da comissão, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que pede que o ministro reconsidere sua decisão e sustenta que Deolane foi convocada na condição de testemunha, devendo prestar depoimento.
A oitiva estava prevista para esta terça-feira (29), mas a influenciada foi autorizada por Mendonça a não comparecer à CPI.
“Prestar depoimento na qualidade de testemunha, [qualquer cidadão] tem a obrigação de falar a verdade em relação a demais fatos que não são objeto de apuração em procedimentos sancionatórios, e especialmente aos fatos pertinentes a terceiros, que possam elucidar o objeto de investigação”, disse Kajuru no requerimento.
Ao entrar no STF com o recurso para não ser obrigada a comparecer à CPI, Deolane também pediu que caso seja obrigada a se apresentar à Comissão, tenha o direito de permanência em silêncio, além de ser acompanhado por um advogado durante a CPI.
Deolane foi presa, no início de setembro, em uma operação que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, proveniente de jogos de azar.
Ela negou os crimes e voltou a dizer que somente recebia dinheiro de uma casa de apostas por meio de contratos publicitários.
Em uma carta aos fãs divulgada em suas redes, ela garantiu ser vítima de “uma grande injustiça”. E, como Lula, brincou com seu bordão: “A mãe tá enjaulada”.
Deolane cumpre prisão domiciliar
No dia 23 de setembro, a Justiça de Pernambuco soltou a influenciadora Deolane Bezerra e outras 17 pessoas presas durante a Operação Integração.
A decisão foi assinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Eduardo Guilliod Maranhão, que analisou um habeas corpus impetrado pela defesa de Darwin Henrique Filho, dono da Esportes da Sorte, uma das empresas alvo da operação.
Na decisão, o desembargador citou que o Ministério Público de Pernambuco ainda não ofereceu denúncia contra os envolvidos, além disso, o órgão devolveu o inquérito à Polícia Civil para a realização de mais diligências.
No dia 9 de setembro, a Justiça havia determinado a soltura de Deolane, que deveria ficar em prisão domiciliar e usar tornozeleira eletrônica, desde que cumprissem medidas cautelares.
Menos de 24 horas depois, uma influenciadora e advogada voltou a ser presa para descumprir as ordens judiciais.
Agora, Deolane e demais cumprem uma série de medidas cautelares, sob risco de voltarem para a prisão.
Deixe o Seu Comentário