O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), acredita que apenas dois governadores têm a capacidade de unificar o centro e a direita nas eleições de 2026, com vista à derrota do presidente Lula (PT): o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o do Paraná, Ratinho Junior (PSD). A fala ocorreu em entrevista ao Poder 360 divulgado nesta sexta-feira (5).
“O ideal é escolhermos candidatos que possam unificar todo o campo de centro e de direita. E os dois únicos nomes que eu vejo hoje no país com essa capacidade são o governador Tarcísio e o governador Ratinho”, disse o senador, citando o posicionamento na pesquisa e a capacidade de “aglutinar” centro e direita. Para Ciro, a chance de que um desses nomes consiga derrotar Lula “é quase 100%”.
O presidente do PP disse que não manda na sigla, mas avaliou que há um “sentimento” interno de que os dois nomes são os melhores para concorrer ao Planalto, em substituições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Ciro alega lealdade a Bolsonaro e critica declarações de “membros da oposição”
Apesar de falar em nomes para substituir o ex-presidente, Ciro diz que será leal a Bolsonaro “até o fim da vida” e que gostaria que a população tivesse o direito de elegê-lo no próximo ano. “O grande juiz dessa decisão deveria ser o povo brasileiro”, defendeu, falando de empate entre Lula e Bolsonaro em pesquisas eleitorais.
Sobre o tom do próximo pleito, falou em “erros da oposição, erros de posicionamento, essa situação com os Estados Unidos, alguns membros da oposição” que permitiram ao petista promover uma “narrativa falsa de defesa da soberania”, levando à recuperação nas pesquisas de aprovação. O senador, porém, acredita que a população focará em temas mais práticos, como a inflação e a violência por facções criminosas.
O nome de Tarcísio agrada também ao presidente do PSD, Gilberto Kassab. Ele já disse que tanto Ratinho quanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD) podem se retirar da corrida ao Planalto, caso o governador paulista aceite concorrer. Tarcísio, no entanto, segue dizendo que prefere concorrer a uma reeleição. Os discursos do ex-ministro de Bolsonaro, porém, têm tratado de sua visão política para um projeto nacional.
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