Vitor Pereira concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, 27, no dia seguinte do frustrante empate do Corinthians com o Always Ready, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores da América. Sem papas na língua, o treinador reconheceu que o Alvinegro caiu de produção com suas mudanças táticas – o português migrou do 4-3-3 para o 3-4-3 nos últimos jogos, mas não obteve bons resultados. “Admito que começamos bem com o 4-3-3, no pouco tempo para definir o sistema que pretendíamos. Mas logo estávamos com problemas, a pressão forte muitas vezes estava sendo ultrapassada com facilidade. O time não estava sendo efetivo e pensamos: bom, vamos ter de achar um alternativo. Para darmos resposta no jogo”, explicou. “Chego à conclusão que a alternância nos fez cair na qualidade do jogo. Só poderia saber após experimentar. O time não tem jogado no nível que gostaria, o resultado às vezes são melhores que as exibições, mas precisava dar resposta a esse problema”, completou.
Na tarde desta sexta-feira, o Corinthians soube que enfrentará o Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores. Apesar de ter que medir forças com um gigante do continente, o treinador Vitor Pereira não se demonstrou intimidado. “Não podemos temer rivais. Caiu o Boca Juniors, vamos lá, nós somos Corinthians e vamos ao trabalho”, afirmou, sobre novamente ter os argentinos pela frente. “Temos de encarar a realidade e ir à luta. É hora de tentar fazer nosso melhor e tentar passar a eliminatória. Quem garante que diante de uma equipe mais fácil o time não seria eliminado? E quem garante que contra um forte não será mais concentrado? Quem quer disputar algo, como o Corinthians, que é enorme, não pode ter medo do Boca ou de outro qualquer”, questionou.
Na conversa com a imprensa, o técnico também falou sobre a polêmica com Róger Guedes, artilheiro do Corinthians na temporada, mas que perdeu espaço nas últimas partidas por não contribuir tanto taticamente. “Vou tentar hoje finalizar esse assunto do Róger. Não sou de novelas. A verdade não vende, as pessoas só querem saber do polêmico. Para Róger ou qualquer jogador. Duílio quando cheguei me pediu para ser exigente. Todos os meus títulos foram à base de exigência, compromisso, trabalhar no limite, dar tudo de nós, estar sempre no nosso melhor momento em treino e jogo. Isso não é negociável”, introduziu. “Minha exigência comigo tem de ser igual a dos meus atletas com eles, para Róger ou qualquer um. Compromisso, entrega, espírito de sacrifício, lutar todos os dias, ser o melhor, claramente dizer para mim que quer jogar, que quer ajudar. Já tive uma, duas, três conversas. Ele é quase um filho, é boa pessoa, bom menino, mas você tem uma, duas, três conversas e não vê alteração nenhuma, depois ele só acredita nas ações”, acrescentou.
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