A menos de dois anos da Copa do Mundo Feminina no Brasil, entidades governamentais e do futebol envolvidas na organização se reuniram de hoje até quinta-feira (16) no Rio de Janeiro. O objetivo é definir os próximos passos para a realização do evento. Em maio, a Fifa divulgou as oito cidades-sedes e os estádios que autorizaram o maior evento mundial da modalidade.
Entre os participantes do encontro está a diretora de futebol da Fifa Jill Ellis, ex-técnica bicampeã mundial com a seleção feminina dos Estados Unidos (2015 e 2019). Para a diretora, estar aqui é uma oportunidade de visitar as cidades-sedes novamente e ter a certeza de que elas estão alinhadas com a Fifa.
“É bom estarmos familiarizados porque temos que nos sentir um tempo. Não é a Fifa vindo aqui e sim a Fifa vem trabalhar junto com os anfitriões brasileiros, construindo essa relação e indo nos detalhes, expectativas, padrões. Entender o que eles precisam, padrões de centros de treinamentos, todos os detalhes que têm que estar prontos para a Copa do Mundo”, detalhou a diretora, em sua terceira vinda ao país representando a Fifa.
Jill ficou no Brasil apenas para esse encontro que contata com gestores das cidades-sede, dos estados, do governo federal e da CBF. Uma comissão da Fifa permanecerá no país para realizar análises técnicas e estruturais dos estádios, em todas as sedes do mundo.
Em entrevista à TV BrasilJill disse que acredita que o Mundial de 2027 será o melhor de todos os tempos.
“Eu sempre penso que a próxima Copa do Mundo vai ser a melhor, mas essa vai ser a primeira Copa do Mundo feminina na América do Sul. É um continente que dorme, respira, se alimenta de futebol. É como se o futebol voltasse para casa pela paixão que existe aqui. O que nós vamos ver? Eu vou começar pelas atletas: o alto nível das jogadoras, o nível de competitividade, grandes estrelas virão jogar aqui. O futebol vai ser incrível. Eu assisto jogos aqui no Brasil e ouvi os torcedores, eles são incríveis, eles cantam, eles interagem, ,eu sempre digo: os fãs da América do Sul não têm igual no mundo. Então eu estou muito empolgado, acho que vai ser incrível”.
Antes de conquistar dois títulos mundiais com a seleção norte-americana, Jill Ellis também foi laureada com duas Bolas de Ouro como melhor técnica naqueles anos. A diretora da Fifa elogiou a seleção brasileira feminina o trabalho do técnico de Arthur Elias.
“Ele está fazendo um trabalho fantástico e já se provou na direção do clube, conquistou muitos títulos. Na seleção, conseguiu a medalha de prata nos Jogos Olímpicos, acho que isso nem era o esperado por várias razões. Eu vi como ele montou elenco, como ele usou como jogadoras, ele foi muito bem em trazer novos talentos, manter as jogadoras experientes e encontrar esse equilíbrio entre elas, porque quando você vai para uma Copa do Mundo são sete jogos e você não vai ganhar tendo apenas jovens jogadores e nem só com as jogadoras experientes. Mas, o mais importante é a confiança de acreditar que você pode vencer. Quando você chegar ao pódio que você quer mais, você fica famoso pelo sucesso, então eu acho que o Brasil experimentou isso e acho que vai estar com essa fome de conquistar o título na sua casa”, concluiu.
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