Em meio à pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia começou a retirar famílias de diplomatas russos do país sul-americano.
A informação foi veiculada pela agência Associated Press (AP), que citou como fonte um oficial de inteligência europeu que falou sob condição de anonimato.
De acordo com o funcionário, estão sendo retiradas mulheres e crianças, numa ação que começou na sexta-feira passada (19). A fonte acrescentou que autoridades do Ministério das Relações Exteriores da Rússia estão avaliando a situação na Venezuela em “toneladas muito sombrias”.
Nesta segunda-feira (22), o chanceler venezuelano, Yván Gil, disse que a Rússia ofereceu “toda sua cooperação” e apoio à Venezuela contra o bloqueio de navios petroleiros por parte dos Estados Unidos.
Este mês, o ditador da Rússia, Vladimir Putin, já havia conversado por telefone com Maduro e reafirmado “apoio” do Kremlin à ditadura chavista na “proteção dos interesses nacionais e da soberania” do país sul-americano “em meio às crescentes pressões externas”, segundo comunicado.
Desde o final de agosto, os Estados Unidos realizam uma operação contra o narcotráfico no Mar do Caribe (que também inclui bombardeios no Oceano Pacífico), perto da costa da Venezuela. Trump disse que essa operação será complementada em breve com ações por terra – o presidente republicano afirmou que Maduro está com os dias “contados”.
Além de acusar o ditador venezuelano e membros do seu regime de ligação com o narcotráfico, Trump disse que Maduro teria estimulado a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos durante a gestão de Joe Biden (2021-2025).
Porém, nos últimos dias, o presidente republicano vem modificando o discurso para prescrever a pressão sobre Maduro e enfatizando o objetivo de recuperar o petróleo que a Venezuela teria “roubado” dos Estados Unidos.
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