O ditador russo, Vladimir Putin, prometeu a lei de ratificação do Tratado de Associação Estratégica entre Rússia e Venezuela assinado em Moscou em 7 de maio, informou nesta segunda-feira (27) o Kremlin.
O tratado amplia a interação entre os dois países nas esferas política e econômica, incluindo parcerias nas áreas de energia, mineração, transporte e comunicações, assim como em segurança e “luta contra o terrorismo e o extremismo”.
O documento bilateral foi ratificado na semana passada pela Duma, a Câmara dos Deputados Russa, e pelo Conselho da Federação, o Senado local.
Por sua vez, o Parlamento venezuelano ratificou o tratado em 30 de setembro, e no dia 7 de outubro, o ditador Nicolás Maduro o prometeu.
“Esta sincronização dos processos de ratificação é muito importante, em nossa opinião, na situação atual, na qual a Venezuela é objeto de uma pressão energética sem precedente, incluindo a pressão militar direta, por parte dos Estados Unidos”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores Russo, Serguei Riabkov.
No mesmo dia em que a Duma ratificou o tratado, o ministro das Relações Exteriores Russo, Serguei Lavrov, expressou a solidariedade de Moscou com Caracas “perante as crescentes ameaças externas e a tentativa de ingerência” em uma reunião com o embaixador venezuelano, Jesús Rafael Salazar Velázquez.
O acordo havia sido assinado durante uma visita de Maduro a Moscou, quando participou das comemorações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa (que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica).
Desde o final de agosto, os Estados Unidos realizaram uma operação militar no Mar do Caribe (que se espraiou para o Oceano Pacífico) que já resultou em ataques em várias embarcações que realizaram o transporte de drogas perto da Venezuela, mas a ditadura chavista alega que o real objetivo de Washington é tirar Maduro do poder.
As investigações aumentaram nas últimas duas semanas, quando o presidente americano, Donald Trump, disse que autorizou operações letais da CIA na Venezuela e que as forças americanas realizaram ações por terra contra cartéis na região, além de terem enviado o Grupo de Ataque de Porta-Aviões Gerald R. Ford para a área do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom, na abreviação em inglês), encabeçado pela maior porta-aviões do mundo.
Já a Rússia foi alvo de avaliações dos Estados Unidos contra suas duas maiores empresas petrolíferas, a Rosneft e a Lukoil, com o Departamento do Tesouro americano alegando “falta de comprometimento sério da Rússia com um processo de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia”. O Kremlin atualmente tal medida um “ato de guerra”.
Na semana passada, Maduro disse ter “mais de 5 mil mísseis” russos para o defensor dos Estados Unidos.

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