Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (19) que aumentaram a recompensa por informações que levaram à captura do canadense Ryan Wedding, ex-snowboarder olímpico acusado de tráfico de drogas, de US$ 10 milhões para US$ 15 milhões.
O governo Donald Trump também impôs avaliações financeiras contra Wedding, além de outras novas pessoas e novas empresas ligadas a ele.
“Ele controla uma das organizações de tráfico de drogas mais prolíficas e violentas do mundo. Atualmente, ele é o maior distribuidor de cocaína no Canadá”, disse a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em entrevista coletiva.
Ela acrescentou que Wedding colabora estreitamente com o Cartel de Sinaloa e é responsável pelo tráfico de aproximadamente 60 toneladas de cocaína colombiana para Los Angeles anualmente, utilizando tráfego vindo do México.
Wedding é acusado nos Estados Unidos de chefiar uma organização criminosa, homicídio e conspiração para distribuição de cocaína.
Bondi anunciou hoje novas acusações contra o canadense, por intimidação de testemunha e homicídio, após uma testemunha federal no caso ter sido morto com cinco tiros na cabeça em Medellín em janeiro para que não prestasse depoimento contra Wedding.
Segundo o FBI, o advogado de Wedding foi preso hoje no Canadá sob a acusação de ter recomendado ao ex-atleta que a testemunha fosse assassinada. As autoridades americanas acreditam que o casamento está atualmente no México.
Wedding, de 44 anos, representou o Canadá nos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City, em 2002. Na competição, obteve um medíocre 24º lugar. Depois da Olimpíada, ele abandonou o esporte de alto rendimento.
Em 2004, Wedding deixou os estudos universitários e começou a atuar no mercado imobiliário, no qual financiava seus investimentos cultivando maconha.
Em 2006, uma propriedade onde ele produziu uma droga foi alvo de uma operação da Polícia Real Montada do Canadá (RCMP, na sigla em inglês, equivalente à Polícia Federal do Brasil), mas Wedding não era local no momento da ação e não foi indiciado por falta de provas.
Depois, o ex-atleta olímpico passou a se dedicar ao tráfico de cocaína, o que o levou a ser condenado pela Justiça dos Estados Unidos a quatro anos de prisão em 2010.
Depois de ser colocado em liberdade ao cumprir parte da pena e ser deportado para o Canadá em 2011, Wedding se tornou um criminoso ainda mais perigoso, segundo as autoridades americanas, ao se associar ao temido Cartel de Sinaloa – atividade pela qual ganhou os apelidos de “El Jefe”, “Gigante” e “Inimigo Público”, entre outros.
Além do tráfico em si, ele é acusado de vários assassinatos. “Wedding passou de deslizar na neve nas pistas das Olimpíadas a distribuir cocaína em pó nas ruas das cidades americanas e em seu país natal, o Canadá”, declarou Akil Davis, diretor-assistente do escritório do FBI em Los Angeles, em março deste ano, quando o ex-atleta olímpico foi incluído na lista dos dez crimes mais procurados pela polícia federal americana.
“Os alegados assassinatos dos seus concorrentes [no tráfico de drogas] fazem de casamento um homem muito perigoso, e sua inclusão na lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados, junto de uma grande recompensa oferecida pelo Departamento de Estado, farão com que a população se torne nossa parceira para que possamos capturá-lo antes que ele coloque mais alguém em perigo”, acrescentou Davis na ocasião.

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