O navio iraniano Delruba, sancionado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos Estados Unidos (OFAC), atracou no Terminal Portuário Santa Catarina (TESC), no estado de mesmo nome. O Governo do Estado de Santa Catarina confirmou a informação à Gazeta do Povo. A chegada ocorreu no sábado (4), e o desembarque da carga terminou nesta quarta-feira (8).
O navio trouxe ao estado 60 mil toneladas de uréia granulada, destinadas à produção de fertilizantes, no valor de US$ 24,4 milhões, cerca de R$ 130,6 milhões. A empresa fornecedora de carga, Pardis Petrochemical, também consta na lista de avaliações dos Estados Unidos.
Envolvido em conflitos com os Estados Unidos, o Irã é o terceiro maior exportador de uréia do mundo. A produção anual chega a 4,8 milhões de toneladas, cerca de 10% da oferta global.
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Ofensiva contra Israel faz Trump voltar contra o Irã
O Irã tem provocado fúria e os fatos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que insistem que o país deve abandonar seu programa nuclear. Durante seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente americano argumentou que “hoje, a maioria dos comandantes militares do Irã não está mais conosco; eles estão mortos”.
O alinhamento do Brasil com ditaduras que inclui, além do próprio Irã, China e Venezuela, tem afastado o país dos Estados Unidos e de seus aliados. Com isso, e de olho em possíveis abusos do sistema judiciário do país, Trump atribuiu uma tarifa de 50% aos produtos brasileiros, além de impor avaliações contra autoridades consideradas violadoras de direitos humanos, por meio da Lei Magnitsky.
China presta socorro ao regime persa
Outra ditadura resolveu sair em defesa do Irã, na queda de braço com os Estados Unidos. Trata-se da China. Ó O Wall Street Journal revelou que o regime de Xi Jinping montou um esquema de intercâmbio secreto que permite ao regime persa ocultar suas transações internacionais.
O funcionamento envolve o comércio de commodities: o Irã envia petróleo para a China, que pega através de um banco secreto, o Chuxin. O dinheiro, então, é destinado a empreiteiras chinesas que executam obras dentro do Irã. No final das contas, o Irã é pago em obras, e não em dinheiro.
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