O presidente da Argentina, Javier Milei, apresentou os primeiros seis de 24 aviões de combate F-16 comprados da Dinamarca, em um ato oficial realizado na província de Córdoba, neste sábado (6). O objetivo da compra, cujo valor ultrapassa os US$ 300 milhões a serem pagos em cinco parcelas anuais, é que a Argentina recupere sua capacidade de interceptação supersônica.
“Com este importante investimento em armamento militar vamos robustecer ajudando a nossa força aérea”, disse Milei depois que os aviões aterrissaram em suas bases designadas na Área Material de Río Cuarto, na província de Córdoba. Antes da cerimônia, as caçadas fizeram um voo rasante pela cidade de Buenos Aires, passando por símbolos da capital argentina, como a Casa Rosada e o Obelisco.
O sábado libertador chamou os aviões de “anjos protetores” e garantiu que a partir deste cada um dos argentinos “estará um pouco mais seguro”.
“É hora de voltar a discutir o verdadeiro significado da palavra soberania. Não há soberania sem ameaças econômicas e sem capacidades militares para defender essas vitórias alcançadas”, atualmente Milei. “Esses aviões são um símbolo da Argentina que estamos construindo. Hoje, mais do que nunca, podemos dizer que as forças do céu estão conosco”, disse o presidente, em postagem no X.
Milei subiu à cabine das aeronaves, juntamente com o ministro da Defesa em fim de mandato, Luis Petri – que assumirá nos próximos dias uma cadeira no Senado argentino –, a secretária-geral da presidência, Karina Milei, e o brigadeiro-mor Gustavo Javier Valverde.
As caçadas
Os seis aviões decolaram da Base Aérea Skrydstrup, na Dinamarca, e fizeram uma parada de abastecimento na Base Aérea de Zaragoza, na Espanha, de onde comprometeram a viagem rumo ao Brasil, para outra escala técnica. Os F-16 entraram em território argentino na tarde de sexta-feira, pilotados por efetivos da Força Aérea Argentina.
O Ministério da Defesa argentino detalhou que as aeronaves contam com um “sistema avançado de guerra eletrônica e um pacote de armamento sem igual”, o que lhes confere uma capacidade multiuso que vai desde a defesa antiaérea, a supressão de defesas aéreas inimigas, o ataque marítimo, o apoio aéreo próximo e a designação dinâmica de alvos, além de funções de vigilância e reconhecimento.
A caça F-16, também conhecida como F-16 Fighting Falcon, foi lançada na década de 1970, pela empresa americana General Dynamics, que vendeu sua divisão de aviões militares para a Lockheed Martin em 1993. Usado por mais de 25 países, o F-16 pode voar por mais de 860 km e tem a capacidade de lançar suas armas com alta precisão, o que faz com que o piloto da aeronave encontre se defender de aeronaves inimigas com grande agilidade.
VEJA TAMBÉM:
- Como funciona o F-16, caça que o Ocidente enviará para a Ucrânia tentar virar o jogo contra a Rússia
Uma compra
O acordo com a Dinamarca foi assinado em abril de 2024. O plano é que estes aviões F-16 constituam a espinha dorsal do sistema de defesa aérea da Argentina, tarefa que durante cerca de 40 anos foi desempenhada pelas aeronaves Mirage até sua desativação no final de 2015.
Em dezembro de 2024, a Argentina assinou um acordo com os Estados Unidos – país que o governo Milei considera, juntamente com Israel, seu principal aliado em matéria de política externa – pelo que o país sul-americano terá acesso a tecnologia avançada em comunicações, equipamentos e armamento para o programa F-16.
Confira imagens da apresentação das caçadas na Argentina neste sábado:
VEJA TAMBÉM:
- Justiça da Argentina determina extradição de cinco brasileiros até 8 de janeiro
- Argentina exige ação do TPI sobre Venezuela e regime de Maduro reage: “conduta vergonhosa”

Deixe o Seu Comentário