O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, Descartou nesta quinta-feira (15) apoiar uma proposta de nova eleição na Venezuela, conforme cogitado pelo Brasil.
“Vamos ver o que o tribunal decide, não acho prudente que nós de fora, um governo estrangeiro, seja quem for, podemos dar opinião sobre algo que deve ser resolvido pelos venezuelanos”, afirmou Obrador em entrevista coletiva, segunda informações da agência EFE.
Na terça-feira (13), ele anunciou uma suspensão do diálogo com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, sobre a crise pós-eleitoral na Venezuela.
Os três presidentes de esquerda vieram cobrando que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela divulgou as atas de votação da eleição presidencial de 28 de julho.
Questionado se conversaria novamente com Petro e Lula sobre a questão venezuelana, ele descartou essa hipótese.
“Agora não, agora não, porque vamos esperar a decisão do tribunal eleitoral, porque ainda está em tramitação. Acho que na sexta-feira desta semana vão decidir sobre as atas e os resultados, então, vamos esperar”, disse o mandatário mexicano na terça-feira.
O órgão eleitoral, dominado pelo chavismo, alegou que o ditador Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial, mas não apresentou as atas que comprovariam isso.
A oposição disponibilizou num site científico de mais de 80% das atas, que atestam que o seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela vai revisar o resultado, mas não se espera uma decisão imparcial, porque a corte também é controlada pela ditadura de Maduro.
Nesta quinta-feira, o assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, questionou a resistência à ideia de novas eleições na Venezuela (refutada tanto por Maduro quanto pela oposição venezuelana), mas disse que o Brasil nunca fez oficialmente uma proposta nesse sentido .
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