Quatro pessoas foram presas após participarem de um protesto pró-Palestina em uma loja da Zara, em Nova York, em plena Black Friday. O grupo de cerca de 70 manifestantes invadiu o estabelecimento localizado na Quinta Avenida, um dos cartões postais mais famosos dos EUA, entoando gritos que acusam a Zara de “financiar o genocídio na Palestina”.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, o grupo de manifestantes aparece munido de apitos, bandeiras da Palestina e cartazes que condenam os consumidores da companhia espanhola de transporte (“Enquanto você compra, as bombas caem”).
Um dado escolhido pelo grupo de ativistas não foi por acaso: a Black Friday é um dos dias mais movimentados para o comércio norte-americano, por marcar o início da temporada de compras natalinas nos EUA.
Após ser retirado de dentro da loja pela polícia, o grupo iniciou uma marcha que cruzou à tarde de ontem e terminou no início da noite. Os protestos foram registrados em frente a uma loja da Apple, também na Quinta Avenida. “Fora ICE, Fora KKK, Fora o fascismo nos Estados Unidos”, bradaram alguns ativistas em meio à cidade-símbolo do capitalismo americano.
“Eu sempre vejo protestos na Quinta Avenida, todo mundo costuma ser muito decente”, revelou um vendedor ambulante que presenciava a ação do grupo ao jornal Diário de Nova York. “Esta foi a primeira vez em que vi alguma prisão”, acrescentou.
Há meses um movimento anti-Israel, conhecido como “Comitê Nacional Palestino”, tem pedido que a sociedade nos EUA boicote produtos da Zara, acusando a empresa com sede na Espanha de ter laços estreitos com Israel, após uma companhia ter anunciado que expandiria sua gama de negócios em Tel Aviv.

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