
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (3) que mantém uma “comunicação diária e permanente” com o regime da Rússia e afirmou que a cooperação militar entre os dois países é “serena e muito proveitosa”. A declaração foi feita em seu programa semanal Com Maduro +transmitido pela emissora estatal Venezolana de Televisão (VTV), em meio ao aumento das transferências com os Estados Unidos pelo envio de navios de guerra ao Caribe.
Maduro destacou que o diálogo com Moscou abrange “muitos temas em desenvolvimento”, incluindo o militar, e falou a parceria com o ditador russo, Vladimir Putin, como um exemplo de “respeito e igualdade entre nações”.
“A Rússia é uma potência já mundial, mas é capaz de estabelecer relações de respeito e cooperação com países como a Venezuela. Na verdade a relação com a Rússia é um modelo, porque não vem com ambições imperialistas”, afirmou.
O ditador chavista afirmou ainda que a cooperação com Moscou se estende a áreas como indústria, ciência, tecnologia, economia e turismo.
“Temos 25 anos de cooperação militar, e muitos oficiais venezuelanos foram formados na Rússia. É uma relação tranquila, serena e muito proveitosa”, disse.
As declarações ocorreram dias depois do Kremlin confirmar que mantém “contatos regulares” com Caracas.
“Estamos em contato com nossos amigos da Venezuela”, afirmou o porta-voz do regime russo, Dmitri Peskov, à agência estatal TASS neste final de semana, sem comentar diretamente informações sobre um possível pedido de ajuda de Maduro a Putin. Peskov lembrou que os dois países possuem “obrigações contratuais” no âmbito do acordo de associação estratégica acordado em maio, durante uma visita de Maduro a Moscou.
De acordo com o O Washington PostMaduro teria solicitado apoio à Rússia, à China e ao Irã para reforçar a defesa do país diante da pressão de Washington. O governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump, mantém um destaque militar próximo ao litoral venezuelano como parte das ações de combate ao narcotráfico.
O regime chavista vê o movimento dos EUA como parte de um plano para “desestabilizar e provocar uma mudança de regime”. Em resposta, Maduro anunciou um plano de defesa para reagir às ações militares estrangeiras e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
“Queremos para a Venezuela paz, estabilidade e o exercício pleno de nossa soberania”, declarou.

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