Desde 1959, ano em que fundou o duo inicialmente amador Dois no Balanço com Chiquinho Araújo, filho do maestro Severino Araújo (1917 – 2012), Jards Macalé veio para curtir com a cara dos reacionários, para desafinar o coro dos conteúdos, o que fez com maestria inconteste, deixando a música falar mais alto do que o artista temperamental que, irritado com o descaso de executivos da indústria fonográfica, derrubou bandejas de café em salas de gravadoras, virando a mesa. E foi assim, sem fazer o jogo, que o dissidente se tornou eterno entre luzes e sombras de obra imortal.

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