O Exército de Israel confirmou a familiares de quatro reféns a devolução de seus corpos após a conclusão do prazo dado ao Hamas para entregar todos os 28 restos mortais de suas vítimas. Segundo informações da imprensa local, até o momento, foram divulgados apenas os nomes de dois deles: Guy Illouz, de 26 anos, e Bipin Joshi, de 24.
A devolução de apenas quatro corpos de reféns foi recebida com indignação pelas famílias e manifestantes em Israel, que cobraram do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu uma posição mais rígida para o cumprimento do acordo por parte dos terroristas.
Em resposta, o representante do governo israelense sobre os reféns, Gal Hirsch, declarou que a pressão sobre o Hamas continuará e “se intensificará” até que o grupo cumpra os compromissos reforçados no cessar-fogo.
“Continuaremos e intensificaremos a pressão sobre o Hamas até que a devolução dos reféns seja concluída”, afirmou, acrescentando que “a questão foi discutida ontem nas conversas entre o primeiro-ministro e o presidente [Donald] Trump, e também foi expresso ontem à noite nas palavras do presidente [egípcio] [Abdel Fattah] el-Sissi”.
De acordo com o representante israelense, outras frentes internacionais e os mediadores também foram acionados e estão cientes da demanda urgente. “Estou em contato constante com nossos representantes nas negociações e tenho sido atualizados sobre os detalhes. A questão está no centro da agenda”, afirmou Hirsch.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou nesta terça-feira (14) que deve levar “algum tempo” para localizar todos os corpos de reféns na Faixa de Gaza.
“É um desafio ainda maior do que libertar as pessoas vivas. É um desafio enorme”, disse o porta-voz do CICV, Christian Cardon, acrescentando que pode levar “dias ou semanas” para que isso seja concluído, com a possibilidade de algumas pessoas nunca serem encontradas.
O Fórum de Reféns e Familiares Desaparecidos renovou seu apelo nesta terça, dizendo que a falta de ação do Hamas deve ser entendida como um descumprimento do acordo. “Um acordo deve ser cancelado por ambos os lados; seu descumprimento e a falha do Hamas em devolver os reféns devem ser enfrentados com a interrupção da negligência contínua do acordo pelo governo israelense e pelos mediadores”.
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