O governo da Indonésia informou nesta quinta-feira (9) que não permitirá que atletas de Israel participem do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que terá início em Jacarta no próximo dia 19.
“O governo não concederá vistos às ginastas israelenses que pretendem participar do Campeonato Mundial de Ginástica Artística em Jacarta”, declarou o ministro da Justiça da Indonésia, Yusril Ihza Mahendra, segundo informações da agência Associated Press.
O ministro acrescentou que a decisão segue as diretrizes anteriores do presidente indonésio, Prabowo Subianto, que no seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em setembro, criticou o que chamou de “situação humanitária catastrófica” na Faixa de Gaza e pediu que fosse resolvida a solução de dois Estados, mas também que seja garantida a segurança de Israel.
Na quarta-feira (8), o presidente americano, Donald Trump, anunciou que o governo israelense e o grupo terrorista Hamas chegaram a um acordo para a implementação da primeira fase de um plano de paz. Mesmo assim, Jacarta manteve a negativa de vistos para atletas de Israel.
A Indonésia, país de maioria muçulmana, não registra Israel e tem um histórico, desde os Jogos Asiáticos de 1962, de não permitir a participação de atletas israelenses em competições no seu território. Devido a essa política, o país asiático perdeu o direito de sediar a Copa do Mundo Sub-20 de futebol de 2023.
Israel vem sendo alvo de pedidos de exclusão de competições esportivas internacionais.
Em setembro, o presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, disse que, assim como ocorreu com a Rússia, Israel deveria ser proibido de participar de eventos esportivos internacionais, após a suspensão da última etapa da Volta da Espanha de Ciclismo devido à ação de ativistas pró-Palestina que se opuseram à participação de uma equipe israelense.
No final de setembro, um grupo de especialistas na área de direitos humanos pediu que Israel fosse banido de torneios internacionais de futebol.
A Uefa (Confederação Europeia da modalidade) engavetou um pedido devido às negociações de paz entre o Hamas e o governo israelense. A Fifa também não atendeu ao pedido, alegando que não pode “resolver problemas geopolíticos”.
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