O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe manifestou apoio a uma eventual intervenção dos Estados Unidos para derrubar o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
“Nicolás Maduro foi deposto do poder em julho passado, após os resultados das eleições. Ele agora é um usurpador do governo venezuelano. As Forças Armadas da Venezuela estão em falta por não cumprirem a Constituição. Sou a favor de fazer todo o possível para garantir que a Venezuela reconheça a vitória de Edmundo González e María Corina Machado e instale o Dr. Edmundo González como Presidente”, disse o ex-mandatário do país vizinho em entrevista ao jornal colombiano Semana.
Uribe ainda criticou a ONU por não estar mobilizando forças juntamente com Washington para pôr fim ao regime ilegítimo de Caracas.
“Acredito que a prioridade máxima deveria ser o trabalho inteligente que as Nações Unidas deveriam estar realizando. É preocupante que a ONU não esteja envolvida. A organização deveria ser muito incisiva e exigir uma transferência de poder, um fim à usurpação do poder contra a democracia venezuelana”, insistiu.
Por outro lado, o atual presidente colombiano, Gustavo Petro, condenou as novas declarações de Trump. “Quero saber, sob qual norma do direito internacional um presidente de um país estrangeiro pode fechar o espaço aéreo de outra nação?”, questionou o esquerdista em mensagem publicada no X, na qual afirmou estar falando como presidente da Colômbia e presidente pro tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O governo americano, liderado por Donald Trump, elevou o tom sobre a Venezuela neste sábado (29) ao fazer um anúncio dirigido a companhias aéreas para evitarem a próxima região da Venezuela.
O republicano alertou que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “completamente fechado”.
“Todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas: por favor, considerem que o espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela permanecerá totalmente fechado. Obrigado pela atenção!”, escreveu na Truth Social.
A mensagem de Trump surge em meio à crescente pressão militar sobre a ditadura chavista. O governo americano inveja um contingente militar significativo para o Caribe, incluindo os maiores porta-aviões do mundo, como parte de uma estratégia para apertar o cerco sobre Maduro e seus aliados.
Em resposta, o regime chavista divulgou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, considerando tais afirmações de Trump uma “ameaça explícita de uso da força”, que, segundo ele, é “proibida de forma clara e inequívoca” pela Carta das Nações Unidas, e estes se tratam de uma “tentativa de intimidação”.

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