O enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e Jared Kushner, gênero do presidente americano Donald Trump, se reuniram com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyhu, nesta segunda-feira (20), após novos confrontos entre militares e terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, o que colocou em risco o já frágil acordo de cessar-fogo.
Tanto Witkoff quanto Kushner desembarcaram em Tel Aviv nesta segunda-feira para discutir detalhes da implementação da trégua, que ficou em risco no domingo depois que confrontos no sul da Faixa de Gaza com as forças israelenses desencadearam ocorrências de ataques em diferentes partes do enclave palestino. Após o encontro com Netanyahu, a equipe de Trump deverá encontrar mediadores do Egito e do Catar.
A segunda visita dos negociadores americanos ao Oriente Médio ocorre pouco mais de uma semana após o acordo entrar em vigor. A presença dos arquitetos do plano de Trump na região visa impedir a ruptura do frágil cessar-fogo, que permitiu o retorno dos últimos 20 sobreviventes do cativeiro do Hamas.
No entanto, até ao momento, 16 corpos de referência que já deveriam estar com os seus familiares em território israelense não foram devolvidos pelos terroristas. O Hamas informou que pretende liberar o corpo de mais um refém na noite desta segunda-feira, o que também foi confirmado pela Cruz Vermelha.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram mais cedo neste dia que atingiram e eliminaram vários terroristas que cruzaram a Linha Amarela – para que os militares se retirassem sob os termos do cessar-fogo atuais – em Khan Younis, no sul de Gaza.
De acordo com os militares, esses terroristas abordaram as tropas “de uma forma que representava uma ameaça iminente”. Ao identificarem a ameaça, as tropas terrestres acionaram a Força Aérea de Israel, que direcionou uma caça para atacá-los, informaram o FDI em comunicado.
O vice-presidente dos EUA, JD Vance, também deve visitar Israel nesta semana e se reunir com Netanyahu para monitorar a implementação do cessar-fogo. Desde que o acordo entrou em vigor, as partes do conflito discutiram as manifestações da trégua.
Israel denuncia que o Hamas viola o plano promovido pelo governo Trump ao não devolver os corpos de reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023 e, especialmente no último domingo, de promover confrontos em Rafah. Por outro lado, os terroristas acusam Israel de continuar atacando o enclave palestino nas últimas semanas.
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