O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29), durante visita à Coreia do Sul, um novo acordo comercial e energético com Seul que prevê investimentos de até US$ 600 bilhões em território americano e a ampliação da compra pelos sul-coreanos de petróleo e gás dos EUA.
“A Coreia do Sul entregou em pagar aos Estados Unidos 350 bilhões de dólares pela redução das tarifas cobradas contra eles. Além disso, eles concordaram em comprar nosso petróleo e gás em grandes quantidades, e os investimentos em nosso país por empresários sul-coreanos ultrapassaram 600 bilhões de dólares”, afirmou Trump em publicação na Truth Social.
Segundo a CNBCTrump e o presidente sul-coreano Lee Jae Myung finalizaram nesta quarta-feira os detalhes do acordo comercial, que estava sendo feito desde julho. O certo permite à Coreia do Sul evitar as tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos, mediante o compromisso de realizar os investimentos e compras de energia americana.
De acordo com assessores do governo sul-coreano, o fundo de investimento prometido por Seul será dividido em duas partes: US$ 200 bilhões em pagamentos diretos, limitados a US$ 20 bilhões por ano, e outros US$ 150 bilhões destinados a projetos conjuntos no setor naval – um dos compromissos financeiros para “ajudar Trump a restaurar a indústria de construção de navios americana”, segundo a CNBC.
Trump também confirmou que, com base na nova parceria militar, autorizou a Coreia do Sul a desenvolver submarinos movidos a energia nuclear.
“Nossa aliança militar é mais forte do que nunca e, com base nisso, dei a eles aprovação para construir submarinos de propulsão nuclear, em vez dos antigos e muito menos ágeis submarinos a diesel que eles têm agora”, declarou o presidente americano.
Durante o encontro na Coreia do Sul, o presidente Lee apresentou ou Trump com a mais alta honraria do país, a “Ordem do Mugunghwa”, e prometeu ampliar os gastos em defesa para fortalecer a aliança com Washington. Ele também solicitou autorização dos Estados Unidos para reprocessar combustível nuclear destinado a submarinos, algo atualmente proibido por um acordo bilateral.

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