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Presidente da CCJ escolhe líder da oposição para relatar PEC que limita poderes do Supremo

Presidente da CCJ escolhe líder da oposição para relatar PEC que limita poderes do Supremo

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Reunião dos Três Poderes clima de 'distensão', mas deputada adversária do governo diz que vai dar andamento à proposta prioritária para oposição. Um dia depois da reunião entre representantes dos Três Poderes para distensionar a crise causada pela suspensão das emendas parlamentares, a deputada Caroline De Toni (PL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, escolheu o líder da oposição , Filipe Barros (PL-PR) para relatar uma proposta que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). Renata Lo Prete e Julia Duailibi comentam quais emendas parlamentares serão alcançadas pelo acordo entre os três poderes Essa é uma das propostas de emenda à Constituição (PEC) enviadas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), à comissão na semana passada em uma ocorrência à decisão do ministro Flávio Dino em interromper o pagamento das emendas obrigatórias pelo governo federal. A determinação liminar, em seguida, foi confirmada por unanimidade pela Corte. O texto da PEC proíbe que ministros, desembargadores e juízes tomem decisões individuais que suspendam leis ou atos dos presidentes da República, da Câmara e do Senado. Na prática, se estivesse em vigor, o texto limitava a decisão de Dino sobre as emendas. À GloboNews, a deputada Caroline De Toni disse que pretende conversar com Lira para entender o que foi firmado na reunião desta terça-feira. Mas lembra que a PEC que restringe decisões monocráticas é prioridade da oposição há bastante tempo – independentemente da decisão sobre emendas parlamentares. “Independentemente dessa questão da reunião [dos Três Poderes]eu vou pautar. Ali na CCJ é apenas a admissibilidade da matéria”, disse. Filipe Barros (PL-PR) será o relator da PEC na CCJ da Câmara. Mário Agra/Câmara dos Deputados Apesar de já escolher o relator, De Toni diz que não decidiu um dado para o texto ser analisado na comissão. A PEC foi aprovada pelo Senado no ano passado. Se passar na CCJ da Câmara, ainda terá um longo caminho para entrar em vigor: precisa ser aprovado em uma comissão especial (que pode alterar o conteúdo do texto vota) e por duas ções no plenário da Câmara. Leia também: Presidente do TCU diz ter 'fé' no STF para rastrear destino das emendas parlamentares Planalto em alerta com movimento do Congresso para tornar obrigatório mais um tipo de emendas parlamentares Reunião entre Poderes define fim da prática de 'rachadinha' nas emendas de bancada Líder da Oposição Em uma rede social, Filipe Barros escreveu que tratará “a matéria com a seriedade e sobriedade que o tema exige”. ex-presidente Jair Bolsonaro. O inquérito visa a divulgação de dados sigilosos da Polícia Federal por meio de perfis selecionados nas redes sociais com o objetivo de divulgar uma narrativa fraudulenta sobre o processo eleitoral no Brasil. Avaliação do Planalto Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, apesar da tramitação na CCJ, a leitura é que o Congresso não deve concretizar nenhum movimento para tensionar o Judiciário. A avaliação é que é hora de distensionar a crise entre os Poderes. Segundo um acordo firmado nesta terça-feira, o governo federal e o Congresso terão 10 dias para definirem regras sobre as emendas parlamentares. Só então as liminares do ministro Flávio Dino poderão ser reanalisadas e o pagamento poderá ser retomado. Padilha diz que governo já prepara medidas para viabilizar acordo sobre emendas Segunda PEC Além da proposta sobre decisões monocráticas, Lira também encaminhou uma proposta que autoriza o Congresso a suspender os efeitos de decisões do STF, caso considere que as medidas ultrapassam a “função jurisdicional” da Corte. Segundo De Toni, o relator desta segunda proposta ainda não foi escolhida, nem há um dado para o texto ser analisado.

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