A Polícia Federal divulgou nesta quarta-feira (22) as informações de uma investigação sobre o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos celebrados pela Transpetro e disse que não foi possível constatar que o parlamentar cometeu crimes.
Calheiros havia sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo recebimento de vantagens proibidas no certo para a construção de um estaleiro em Araçatuba (SP), em 2010. Outras pessoas investigadas no processo firmaram acordos de colaboração premiada com a Polícia Federal e acusaram o senador de ter recebido propina do consórcio vencedor da licitação.
De acordo com a PF, apesar das revelações feitas nos acordos, nenhum dos investigados “trouxe para os elementos de prova que ultrapassassem as suas respectivas versões, com vistas a corroborar o certo esquema de corrupção que teria como destinatário o parlamentar Renan Calheiros, permanecendo as provas trazidas e colhidas ao longo das investigações na esfera da suposição, sem substratos material que conduzisse a uma ligação direta com o congressista mencionado”.
“Em que pese a existência de versões convergentes dos colaboradores de que os pagamentos espúrios tinham como destinatários, dentre outros políticos, o senador Renan Calheiros, não se chegou a um liame direto de sua participação na cadeia de pagamentos espúrios”, afirmou uma corporação.
Assim sendo, a Polícia Federal foi enviada ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de um inquérito na Corte sobre as queixas contra Calheiros.