O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a reforçar que será candidato à presidência em 2026 e que, entre os nomes postos na mesa, é o que tem mais capacidade de mobilizar candidatos no país. Ele conta com uma reversão da inelegibilidade na Justiça com o aval do Congresso, a quem ele acredita ter um poder maior do que o Supremo Tribunal Federal (STF).
“O candidato sou eu. Se pegar qualquer candidato da direita, cada um tem sua qualidade e defeito. Mas o que é uma campanha presidencial? É preciso ter uma facilidade no Brasil todo”, disse em entrevista ao jornal O Globo publicado na quinta (7).
Ele ainda reafirmou que sua candidatura tem o apoio de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) que o considera como “líder maior”, embora o governador paulista seja um dos nomes mais citados para sucesso-lo se não conseguir reverter as declarações de inelegibilidade.
“Antes de eu morrer, politicamente não tem nome. Pergunta para o Tarcísio o que ele acha. Ele tem falado, o candidato sou eu. Prosseguir a minha inelegibilidade é a prova de que acabou a democracia no Brasil”, completou em uma entrevista à Folha de S.Paulo publicada nesta sexta (8).
A partir de sua exposição à inelegibilidade, outros políticos da direita tentando se posicionar como alternativa ou sendo citados como seus sucessores. Além de Freitas, também despontam Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) – que reitera frequentemente a candidatura em 2026 – e Pablo Marçal (PRTB-SP), que ficou em terceiro lugar na capital paulista e aponta o Palácio do Planalto como próximo objetivo.
No entanto, Bolsonaro diz que não planeia apoiar Marçal, e que o ex-técnico deve procurar outro partido se quiser concorrer à sucessão presidencial.
“Não PL, não tem [espaço]. Ele pode procurar outro partido. A direita não tem donos. A direita tem líderes. E todo mundo que se credenciar como líder tem direito de buscar esse voto”, afirmou.
E também negou um possível apoio a Caiado, com quem acabou tendo um embate na eleição à capital goiana neste ano. Bolsonaro apoiou o correligionário Fred Rodrigues (PL-GO), enquanto o governador lançou Sandro Mabel (União-GO), que venceu uma disputa com fortes críticas aos ataques adversários.
“No segundo turno, as vereadoras do PT falaram que apoiaram a Mabel. Alguém ajudou esse apoio. Então, uma pessoa que constrói apoio com o PT é complicada. […] Se aliar ao diabo para ganhar a eleição, aí não”, pontudo.
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