O investimento será destinado a ações de combate ao crime organizado nos estados da Amazônia. O plano prevê investimento total de R$ 1,2 bilhão. Natureza, floresta, Amazônia, Amapá, cipó Rafael Aleixo/g1 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública vão destinar R$ 318,5 milhões em recursos do Fundo Amazônia para o programa Segurança e Soberania na Amazônia Legal (AMAS), voltado para ações de combate ao crime na floresta. A medida foi formalizada nesta segunda-feira (17), durante cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante e dos ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Marina Silva (Meio Ambiente). Sem discurso, Lula cobrou celeridade na implantação das ações, e “menos burocracia”. “Menos reunião, menos burocracia e mais fazer as coisas acontecerem. Estou falando para pedir agilidade, para a gente fazer as coisas acontecerem. Não tinha plano e dinheiro, e agora tem plano, tem dinheiro, e gente para executar. Nada mais pode nos além”, pediu. O AMAS faz parte do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDam), criado para fortalecer as ações de combate ao crime organizado e ambiental nos estados da região Amazônica. O projeto prevê investimento total de R$ 1,2 bilhão. Segundo o ministro Lewandowski, novos recursos serão acrescentados pelo BNDES para atingir o aporte bilionário previsto, mas isso “depende da disponibilidade financeira do banco”. Neste momento, o montante liberado é destinado à compra de equipamentos de segurança e inteligência. “Essas palavras permitirão adquirir equipamentos para fazer o combate eficaz e uma série de equipamentos de inteligência para combater não só o desmatamento, mas tráfico de drogas e outros”, detalhou, ao ser questionado pela imprensa. Esforço contínuo A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, discursou durante a cerimônia e celebrou os investimentos. Mas, lembrei a importância de priorizar o desenvolvimento socioeconômico das comunidades e as iniciativas de enfrentamento às mudanças climáticas. “Temos que perseguir uma agenda de desenvolvimento sustentável para gerar emprego e renda na Amazônia, melhorando a vida das pessoas. Mesmo que a gente consiga o desmatamento zero [até 2030, meta do governo], se o mundo não fizer sua parte de redução de CO2, vamos perder a Amazônia do mesmo jeito, porque ela pode entrar no processo de salinização”, frisou a ministra. O reforço financeiro anunciado nesta segunda vai atender nove estados: Acre, Amapá , Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins O recurso poderá ser usado em investimentos em ações de inteligência e fiscalização; compra ou aluguel de equipamentos, por exemplo, executivos e lanchas; ouro e outros recursos minerais. Parceiros vão mediar projetos de restauração da floresta amazônica Foco em segurança O BNDES, Aloizio Mercadante, explicou que o governo estuda a possibilidade de criar um centro de inteligência direcionado à preservação da Amazônia, com investimentos em dispositivos e veículos , como drones e helicópteros, para “fortalecer a operação”. Hoje, combater o desmatamento é combater o crime organizado. Tem que ter apoio do Fundo Amazônia, e a PF tem um papel decisivo, com inteligência, capacidade operacional. Estamos nessa proposta, nessa primeira etapa num plano de 3 fases”, destacou. O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, lembrou que um esforço integrado das forças de segurança que atua na região treinada na prisão em flagrante de mais de 500 pessoas, e em mais de mil mandatos de busca e apreensão cumpridos desde o ano passado “O desafio é proporcional ao gigantismo da maior floresta tropical do mundo. […] É importante o engajamento dos Poderes e da sociedade civil com investimentos, recursos que viabilizam o projeto e o planejamento em curso desde julho de 2023”, frisou. Fundo Amazônia O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para financiar ações de redução de emissões provenientes da manipulação florestal e do desmatamento. As doações encerraram o mecanismo de financiamento em 2023, após terem sido interrompidas durante os quatro anos do governo anterior, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 3,4 bilhões em doações. Os rendimentos somaram mais R$ 2,6 bilhões, totalizando R$ 6 bilhões. O valor chegará a cerca de R$ 6,5 bilhões quando internalizados no Fundo todos os valores já administrados pelo Banco Nacional. de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma estrutura que atua em apoio a projetos voltados à gestão de florestas públicas e áreas protegidas, controle, monitoramento e fiscalização ambiental, manejo florestal sustentável, entre outros.
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