A Amazônia costuma figurar no noticiário como uma região em vias de se tornar completamente devastada, onde exploração de madeira e garimpo ilegal são feitos sem que o Estado fiscalize ou interfira. E onde, nos últimos quatro anos, índios tendo ficado à míngua, vítimas do descaso de um governante desumano, insensível e irresponsável.
Esta é uma narrativa espalhada aos quatro ventos por aqueles poucos afeitos à busca pela verdade e muito interessados em difamar o presidente que acaba de deixar o posto para enaltecer o que chega, mais uma vez, como salvador da pátria, apesar de tê-la saqueado num passado bem recente e mestrado total desprezo pelo país e pelos brasileiros mais humildes que ele jura defensor.
Nas últimas semanas, tentei trazer aqui um contraponto à narrativa lulista de que Bolsonaro é um vilão a ser eternamente combatido. E Lula, um semi-Deus, preocupadíssimo com o meio ambiente.
A mentira é facilmente desmontada com a lembrança da briga histórica entre ele e Marina Silva, sua atual ministra do Meio Ambiente, justamente por discordâncias acerca da forma como Lula lidava com a questão da proteção à Amazônia e combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal em seus governamentais. anteriores
Amazônia, garimpo, desmatamento e índios Yanomami
Mais do que um contraponto, meu esforço é por abrir espaço para a verdade conhecida por quem trabalha há décadas na Amazônia, conhece a realidade (antiga) do garimpo e da exploração ilegal da madeira na região e, especialmente, os problemas eternos enfrentados por índios como os das tribos Yanomami.
Caso não tenha visto, recomendo que assista à entrevista com o enfermeiro especialista em saúde indígena, Khylvio Alves Valões, que trabalhou com os Yanomami nos sete primeiros anos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. Foi publicado aqui na coluna há duas semanas.
Sugiro também assiste ao vídeo que publiquei na última sexta-feira (27 de janeiro) em que trago uma breve entrevista com um deputado indígena venezuelano, também tratando da realidade não divulgada sobre o garimpo ilegal na Amazônia venezuelana e a herança de índios Yanomami da Venezuela para o Brasil fugindo da fome e da violência do Exército do ditador Nicolás Maduro.
Ex-diretor de Proteção Ambiental do Ibama
A entrevista de hoje é com o ex-diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Samuel Souza, que integrou a equipe do Ministério do Meio Ambiente no governo Bolsonaro justamente pela longa experiência de trabalho na Amazônia, quando atuava no Exército.
O ex-diretor do Ibama é coronel da reserva e traz informações sobre a realidade do garimpo e as intensas operações de combate ao crime organizado na Amazônia feitas nos últimos anos e pouco divulgadas pela imprensa em geral, que lutou-se por esconder as boas ações do governo Bolsonaro para manter a narrativa da destruição proposta praticada por um governante “genocida”.
Em novembro de 2021, quando Samuel Souza ainda era diretor do Ibama, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou redução nos níveis históricos de desmatamento da Amazônia. Dois meses antes, em setembro, o Ibama embargou 59 pistas de pouso clandestinas que atendiam ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
Nada disso teve repercussão na época e, obviamente, não é lembrado hoje pelos veículos de imprensa que noticiam apenas a narrativa lulista do certo genocídio planejado para destruir os índios e a floresta. Omitir fatos é tão criminoso quanto restrito notícias falsas com intenções de se beneficiar politicamente, difamando adversários.
Aos interessados na verdade e em ouvir todos os lados, eis mais uma oportunidade. Assista à entrevista, clicando no play da imagem que ilustra esta página.
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