Movimentos de Aécio Neves em busca de protagonismo encontram barreiras em Bruno Araújo, atual presidente tucano, e Rodrigo Garcia, governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição. O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) quando ainda era senador da República
Pedro França/Agência Senado
Quem vê os movimentos do deputado federal Aécio Neves em relação a uma candidatura do PSDB à Presidência pode ficar confuso. Ora em defesa de uma candidatura própria tucana, ora a favor de uma “saída honrosa” por parte de João Dória da disputa presidencial.
Mas fontes apostam que Aécio Neves prefere que os tucanos não desperdicem o fundo eleitoral com uma candidatura ao Planalto que corra grande risco de amargar uma baixa votação. E garantem que a preferência é que o PSDB concentre os recursos que tem no fortalecimento de uma bancada no Congresso Nacional. E é aí que entraria o objetivo do ex-governador de Minas Gerais.
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Aécio, segundo interlocutores, quer retomar o controle do partido que presidiu entre 2013 e 2017, mas sabe que tem do outro lado do ninho tucano adversários de peso: o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, e o atual presidente da legenda, Bruno Araújo.
O deputado federal também entende que isso seria mais fácil como senador da República. De olho em compor um palanque em Minas, lançou o ex-deputado e seu o ex-secretário de Saúde Marcus Pestana ao governo mineiro.
Há quem diga que, lá na frente, caso a candidatura de Pestana não vingue, Aécio e os tucanos mineiros terão um bom poder de barganha para retirar o nome da disputa e negociar apoios.
Mas Aécio é visto, nos dias de hoje, como alguém mais próximo do campo bolsonarista do que do campo petista.
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