Nesta quarta-feira (21), Joe Biden recebeu agora a tarde o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca em Washington e logo em seguida, ele irá ao Congresso dos Estados Unidos.
Essa é a primeira vez que Zelensky sai de seu país desde o início da invasão da Rússia em 24 de fevereiro. Em um comunicado feito por Karine Jean-Pierre, porta-voz do Executivo americano, a viagem evidencia que os Estados Unidos apoiam a Ucrânia “enquanto for necessário”.
Os detalhes sobre como e quando ele assumido, provavelmente não serão divulgados, por questão de segurança, por esse motivo a visita foi mantida em segredo, sendo confirmado oficialmente apenas horas antes do início da jornada.
Nesta manhã, o presidente ucraniano confirmou através do Twitter que estava “A caminho dos Estados Unidos para fortalecer a resiliência e as capacidades de defesa da Ucrânia”, escreveu.
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Discurso ao Congresso
Logo após sair da Casa Branca, o presidente Ucraniano irá ao congresso, onde irá discursar, onde concederam uma coletiva de imprensa. Em seu discurso o líder ucraniano deve falar dos ataques à infraestrutura para pedir mais armas.
Na terça-feira, na cidade de Bakhmout (leste), ao receber uma bandeira das mãos dos combatentes, declarou: “Daremos ao Congresso dos Estados Unidos, ao presidente americano. Somos gratos por este apoio, mas não é suficiente.”
O apoio ao qual Zelensky se refere é cerca de US$ 45 bilhões que os estados unidos irão mandar para a Ucrânia como ajuda, porém o Congresso vai mudar parcialmente para o lado da oposição republicana em janeiro.
Com a mudança a ajuda a Ucrânia fica incerta, isso porque alguns republicanos já expressaram críticas sobre o nível de apoio dos Estados Unidos, já que o Congresso considera aprovar mais uma série de pacotes, totalizando outros US$ 50 bilhões.
Em seu briefing antes da visita de Zelensky, a Casa Branca confirmou um novo pacote de quase US$ 2 bilhões (R$ 10,4 bilhões) em assistência de segurança para a Ucrânia.
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Danos na infraestrutura de energia
Um dos pontos que Zelensky mais tem frisado, é com relação aos ataques Russos a infraestrutura de energia Ucraniana.
Desde o início de outubro, a Rússia tem lançado mísseis sobre a infraestrutura de energia ucraniana quase semanalmente. Desta vez os danos na infraestrutura de energia da cidade provocaram a continuidade do abastecimento de água em todos os distritos da capital.
“Outra série de bombardeios em massa contra as infraestruturas de energia. Teremos cortes de energia elétrica de emergência”, afirmou o ministro da Energia, German Galushenko, no Facebook.
Os ataques pioraram cada vez mais a situação da população ucraniana, pois neste momento o país está em meio a temperaturas congelantes, entre um e três graus abaixo de zero, sem abastecimento de energia se torna praticamente impossível conseguir sobreviver.
Os prefeitos de Kharkiv e de Poltava também anunciaram que as cidades estão sem energia elétrica após os bombardeios. O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que o ataque “segue em curso” e pediu aos moradores da cidade que reivindicassem em abrigos.
No início deste mês, Zelensky declarou que a Ucrânia precisa de aproximadamente “2 bilhões de metros cúbicos” adicionais de gás para enfrentar o inverno, disse.
A declaração foi feita para os países do G7, após ataques Russos às infraestruturas energéticas do país nas últimas semanas. “O terror contra nossas centrais elétricas nos levou a utilizar mais gás do que o previsto. Por isso, precisamos de uma ajuda adicional neste inverno. Estamos falando de um volume adicional de cerca de 2 bilhões de metros cúbicos de gás que devem ser adquiridos”, declarou.
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