Ninguém que estava no estabelecimento se feriu. Bala perdida no mercado durante operação no Complexo da Penha Uma câmera de segurança registrada no momento em que uma bala perdida atingiu um engradado de refrigerantes que estavam dentro de um supermercado na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (3). Na hora, um tiroteio foi recomeçado durante uma megaoperação da Polícia Civil no complexo de comunidades da Penha. As imagens mostram que os clientes estavam em algumas caixas tranquilamente. De repente, algumas pessoas começam a se abaixar e correr. O tiro certou onde a mercadoria estava, e o líquido começou a escorrer. Pouco antes, uma funcionária estava na caixa mais próxima. Em nota, o Supermercado disse que nenhum cliente ou funcionário ficou ferido. Nesta quarta (4), seis escolas municipais amanheceram fechadas na região por conta do clima de insegurança. As escolas estaduais e as unidades de saúde funcionam normalmente, de acordo com as pastas responsáveis. A jovem Agatha Alves de Souza, de 22 anos, continua em estado grave no Hospital Getúlio Vargas. Ela foi atingida nas costas enquanto ia para o trabalho e está precisando de doação de sangue. Ao todo, 13 pessoas foram presas, um suspeito morreu e seis pessoas morreram. Três ônibus foram incendiados por criminosos. As chamas atingiram as luzes das ruas, e o combustível vazou para a calçada, onde um carro estava estacionado. Seis escolas amanhecem fechadas um dia após megaoperação com 13 presos no Complexo da Penha Operação Torniquete A operação na Penha foi mais uma fase da Operação Torniquete, que combate o roubo de cargas e de veículos. Os chefes da facção foram procurados — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentaram prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha. Ônibus são incendiados no dia de operação na Penha Reprodução/TV Globo Confronto logo cedo Segundo moradores, os tiroteios ocorreram às 5h20. Traficantes atearam fogo nas barricadas — até um carro foi incendiado. A TV Globo apurou que uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi a primeira para o conjunto de favelas. Outros 200 agentes de 18 unidades foram mobilizados a partir da Cidade da Polícia. “A ação integrada tem como objetivo cumprir mandatos de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a 'caixinha' da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma 'mesada' aos parentes de membros presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota. “Segundo as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.” Moradores disseram que viram pelo menos 5 cegos circulando pelas comunidades e um presidente sobrevoando o complexo. Por volta das 6h, os policiais fecharam todos os acessos da Rua Uranos, uma das principais da Penha. Também participaram da ação a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). Blindados da Polícia Civil no Complexo da Penha Reprodução/TV Globo
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