O Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) fica na Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade. Além da Justiça, concentram-se representações locais do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Degase e da Polícia Civil. O Tribunal de Justiça do Rio inaugurou nesta quarta-feira (11) um complexo de prédios que reúne todos os serviços de atendimento aos menores apreendidos. O Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) fica na Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade. Além das varas judiciais, funcionarão nas representações locais do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Degase e da Polícia Civil. Uma das novidades do complexo é a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que sai da Avenida Presidente Vargas e a partir do mês que vem passa a funcionar no local. No andar de cima, fica um alojamento para menores apreendidos. Por um corredor, há uma ligação direta com as varas da Infância e da Juventude e de medida socioeducativas. Os cartórios de ambas as varas também serão instalados no mesmo prédio para agilizar os trabalhos. No novo espaço vai funcionar ainda o atendimento psicossocial da Justiça para os menores e as famílias. TJRJ inaugura núcleo para atendimento a menores apreendidos Reprodução/TV Globo O projeto também prevê uma área específica de atendimento para assistência social da prefeitura. O Ministério Público e a Defensoria Pública terão ao todo seis salas de trabalho no complexo, que vai contar ainda com uma unidade de identificação do Detran. “O menor infrator vai chegar e vai ter toda uma assistência completa. É o maior centro de atenção aos menores infratores, de atendimento comunitário que o poder judiciário tem no país”, disse o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo. O NAI começou a ser construído em 2022, num terreno de 14 mil m², cedido pelo governo do estado. Núcleo de Atendimento Integrado fica na Praça da Bandeira Reprodução/TV Globo Segundo o Degase, o estado tem hoje mais de 700 menores internados em 24 unidades. Atualmente, 383 jovens cumprem medidas de restrição e privação de liberdade na capital. O TJRJ diz que, além de agilizar processos, um complexo como esse em que todo o sistema de Justiça funciona junto no mesmo lugar pode ajudar também na recuperação desses menores. “O judiciário tem a esperança de que, podendo proporcionar isso a esse menor infrator, uma gama de serviços, ele possa se sentir acolhido e sair. Ele voltar a conviver socialmente, ou seja, é um trabalho de resgate desse menor à sociedade”, diz o desembargador. O núcleo foi apresentado nesta quarta, mas, por conta do recesso do judiciário, só deve começar a operar no fim de janeiro.