Silvinei Vasques usou documentos em nome de “Julio Eduardo”, diz polícia paraguaia

A Polícia do Paraguai divulgou, nesta sexta-feira (26 identidade), o passaporte e o documento de que foram usados ​​pelo ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para tentar entrar no país e embarcar para El Salvador. As imagens foram divulgadas inicialmente pelo G1.

Ambos os documentos estão em nome de Julio Eduardo Baez Fernandes, de nacionalidade paraguaia. O passaporte ainda apresenta dados de emissão em 6 de novembro de 2025, dez dias antes do julgamento que o condenou e os outros cinco réus da ação penal nº 2.693 (núcleo 2).

Após a apresentação dos documentos, a polícia paraguaia checou as numerações no sistema e comparou as receitas digitais. Com isso, Silvinei confessou que os documentos não eram seus. O próprio Julio Baez, seis anos mais velho do que Silvinei, já havia avisado às autoridades que perdeu seus documentos.

Silvinei já recebeu pena de 24 anos e seis meses. Suas medidas cautelares, porém, vêm dos atos de 8 de janeiro. Após a perda do sinal da tornozeleira eletrônica, na madrugada desta quinta-feira (25), a Polícia Federal avisou as autoridades da Colômbia, da Argentina e do Paraguai.

Após o trânsito em julgado da ação do núcleo 2, Silvinei começa a cumprir pena por cumprir a coordenação de uma operação policial no Nordeste. A intenção dessa operação, de acordo com a denúncia, era impedir votos ao então candidato Lula (PT).

Logo depois da comunicação da prisão no Paraguai, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decretou a conversão das medidas cautelares em prisão preventiva.

Polícia não localizou Silvinei em casa no Natal

Na decisão, Moraes detalhou que, após uma falha na tornozeleira, tanto a Polícia Federal quanto a Polícia Penal de Santa Catarina foram ao condomínio de Silvinei, ocasião em que não conseguiu localizá-lo em seu apartamento.

“As diligências in loco realizada pela Polícia Federal no endereço residencial do réu Silvinei Vasques declara a efetivação de sua fuga, uma vez que o réu não se localizou em seu apartamento no momento da diligência, em violação à medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno, estava utilizando veículo automotor. […]esteve em seu endereço residencial até as 19h22min do dia 24/12/2025, quando não foi mais visto entrando ou saindo de carro e carregou o veículo privado com o seu animal de transporte e materiais para transporte de cachorro, incluindo ração e ‘muitos sacos de tapete higiênico para cães'”, detalhando o ministro em sua decisão.

Ele será encaminhado para Brasília, onde deverá aguardar uma decisão sobre o local onde cumprirá a prisão preventiva.