
Os advogados do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques apresentaram neste sábado (27) um pedido para que ele cumpra a prisão preventiva em Santa Catarina, de preferência no município de São José ou em Florianópolis.
Segundo a defesa, o ex-diretor mantém “vínculos familiares, sociais e profissionais consolidados” no estado, especificamente que “contribui para a estabilidade da custódia e para a preservação de sua integridade física e psíquica, além de facilitar o exercício pleno da ampla defesa”.
Caso não seja possível, os advogados pedem que a prisão seja na chamada “Papudinha”, unidade do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, destinada a presos com direito a condições diferenciadas.
Vasques foi preso na sexta-feira (26) no Paraguai quando tentou embarcar para El Salvador. Ele teria rompido a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e fugiu de carro até o país vizinho, onde acabou sendo interceptado no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi.
No mesmo dia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva.
O ex-diretor-geral da PRF foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão, acusado de ordenar operações no Nordeste com o intuito de impedir a votação de eleições no então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
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No requerimento apresentado neste sábado a Moraes, seus advogados dizem ainda que o fato de Vasques ter servido a Polícia Militar de Santa Catarina no passado configura um “elemento concreto de avaliação de risco”, uma vez que ex-agentes de segurança pública e militares estão sujeitos a riscos objetivos acrescidos em estabelecimentos prisionais comuns, como já reconhecidos por disposições do próprio STF.
Eles acrescentam que durante o período de cerca de um ano em que Vasques esteve preso na Penitenciária da Papuda, “foram registradas intercorrências consistentes em assédio e ameaças no ambiente prisional, ainda que administradas pela autoridade penitenciária”.











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