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Sífilis pode ser passada de gestantes para bebês e levar à morte; saiba como prevenir

Sífilis pode ser passada de gestantes para bebês e levar à morte; saiba como prevenir

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Bebê com pouco mais de um mês, nascido em São Vicente (SP), foi diagnosticado com Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e está internado. Bebê de 43 dias foi revelado com sífilis e está internado em São Vicente (SP) Arquivo pessoal A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode ser transmitida através de relações sexuais sem o uso de preservativo ou contato direto com sangue de pessoas infectadas . Mas, você sabia que uma bactéria pode ser passada da mãe para o feto durante a gestação e no parto? ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O g1 conversou com especialistas que explicaram que a sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode chegar ao bebê por meio de transmissão vertical – quando uma bactéria atravessa a placenta – ou por uma lesão da doença na vagina da gestante durante o parto normal. “É como se a infecção ‘pegasse uma carona’ da mãe para o bebê”, explicou a ginecologista e obstetra Fernanda Nassar, em entrevista à equipe de reportagem. Maria Virgínia de Oliveira, que também é ginecologista e obstetra, afirmou que vive uma epidemia [aumento no número de casos de uma doença] de sífilis. Segundo um especialista, uma bactéria afeta um milhão de gestantes por ano em todo o mundo, causando mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura de aproximadamente 200 mil crianças. Entre as complicações da sífilis para o bebê, de acordo com o Ministério da Saúde, estão: aborto espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental ou morte ao nascer. Já as gestantes, de acordo com os especialistas, podem desenvolver úlceras [lesões] genitais. As complicações da sífilis na gravidez e na própria saúde causam problemas no sistema nervoso e cardíaco, que podem levar à morte. Caso grave em São Vicente Gestante (imagem ilustrativa) Getty Images via BBC Em São Vicente, no litoral de São Paulo, Henry Gabriel, de apenas 45 dias de vida, foi publicado com sífilis após a mãe Evelyn Kauane Silva, de 20 anos, contrair uma doença durante a gravidez. A mulher afirmou que fez o tratamento e os exames constataram que a bactéria não estava mais no corpo dela. Apesar disso, Henry nasceu com a doença, tomou os antibióticos e se curou. Evelyn acreditou que estava tudo bem até que o filho recebeu um novo diagnóstico: Hepatite congênita, uma inflamação no fígado. Ela contou que os médicos não informaram se um diagnóstico relacionado a outro. Ao g1, a pediatra Heloíza Ventura explicou que o paciente pode ter hepatite pela sífilis, mas este é um caso raro e grave. Geralmente, de acordo com um especialista, o bebê tem infecções múltiplas por vírus e bactérias. Henry estava internado no Hospital do Vicentino, mas precisou de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele teve uma transferência autorizada para a Santa Casa de Santos após uma equipe de reportagem entrar em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. “Estou desesperada e sem saber o que fazer […]. Eles [profissionais do Hospital do Vicentino] que é grave pela idade dele e que ele está sendo um guerreiro”, disse a mãe. Sífilis na gestação Quadro sexualidade descomplicada fala sobre a sífilis ➡ Como prevenir? Maria Virgínia afirmou que a principal prevenção acontece pelo uso de preservativos durante as relações De acordo com o Ministério da Saúde, a recomendação é de que todas as gestantes sejam testadas pelo menos em três momentos: Primeiro trimestre de gestação; ?Ainda segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos bebês com sífilis não apresenta sintomas no nascimento. As manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança. , variação de acordo com cada estágio da doença. O principal sinal é uma ferida no local de entrada da bactéria, como pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele do bebê na maternidade (imagem ilustrativa). Divulgação ➡ Como funciona o tratamento? Segundo especialistas, o tratamento é de extrema importância porque as mães que não foram tratadas, ou que não receberam os cuidados adequados, vão infectar os filhos. De acordo com Fernanda Nassar, o tratamento da sífilis geralmente é realizado com penicilina, durante 10 dias. Além da mãe e do bebê [após o nascimento]as parcerias sexuais também devem ser tratadas para que não haja reinfecção durante a gestação. Outras doenças de teste rápido de Aids (imagem ilustrativa) Cleiton Borges/Secom/PMU Além da sífilis, a transmissão vertical pode transmitir outras doenças das mães para os filhos. As médicas, Maria e Fernanda, listaram outras cinco condições. Veja abaixo: Hepatite B: Doença infecciosa do fígado, também considerada uma IST e prevenida por vacina; Aids: Outra IST. Ela ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças; Rubéola: Conhecida como Sarampo Alemão, é uma infecção viral que também pode ser evitada por vacina; Vírus Zika: Transmitida por insetos, como o mosquito Aedes aegypti; Covid-19: Infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Algumas doenças podem resultar em aborto espontâneo, morte do feto e malformações congênitas, como a microcefalia – quando o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. É importante destacar que estamos falando da transmissão vertical. Há ainda outras doenças hereditárias que podem ser passadas de mães para filhos através de alterações no DNA ou nos cromossomos. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

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