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Primeira-Dama de Mato Grosso clama por mudanças após casos de feminicídio em Mato Grosso


 

A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, não poupou palavras ao reagir ao recente assassinato de Francisca Alves Nascimento, exigindo ação imediata do Congresso Nacional para tornar as leis de punição ao feminicídio mais rigorosas.

 

“Outro crime de feminicídio. Quantas mulheres precisarão morrer? Onde estão as mudanças na lei? Onde estão os homens do Congresso? Meu coração sangra a cada notícia como essa. Essa morte trágica podia ter sido evitada, porque Francisca já havia denunciado.”

 

O crime ocorreu na noite da última segunda-feira (15), quando Francisca foi brutalmente esfaqueada pelo ex-marido no estacionamento da rodoviária interestadual de Lucas do Rio Verde. Ela havia denunciado o agressor à Polícia em duas ocasiões anteriores, alertando para a violência doméstica.

 

O agressor, Marcelo Ochoa Freitas (46 anos), foi preso em flagrante pela Polícia Militar ainda no local do crime. Durante o depoimento à Delegacia, revelou de maneira fria como executou o assassinato.

 

Virgínia Mendes, além de pedir mudanças na legislação, defendeu a aplicação de pena de prisão perpétua para crimes dessa natureza, criticando a possível soltura rápida de criminosos devido às leis atuais.

 

“Não é não! Se a relação não deu certo e prejudica as pessoas envolvidas, o ideal é terminar. Ontem, esse criminoso matou a ex-esposa; com essa lei frouxa, ele logo estará solto. Quem será a próxima vítima? Reforço a necessidade de uma lei que realmente faça os criminosos temerem a justiça. Só vejo solução com a prisão perpétua.”

 

A primeira-dama também questionou a inércia dos parlamentares em debater medidas efetivas de combate aos assassinatos de mulheres motivados por ciúmes ou pela não aceitação do término de relacionamentos.

 

“Até quando os filhos perderão suas mães; as mães perderão suas filhas, para casos tão brutais como estes que lemos diariamente nos noticiários, não só em Mato Grosso, mas em todo país. Como mãe e mulher, fico indignada.”

 

Diante do feminicídio chocante de Francisca Alves Nascimento, a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, ergue uma voz contundente, clamando por justiça e mudanças urgentes na legislação. O brutal assassinato, marcado por denúncias prévias da vítima, levanta sérias questões sobre a eficácia das leis existentes e a necessidade premente de reformas que imponham penas mais severas aos perpetradores de crimes tão hediondos.

 

Virgínia destaca a fragilidade das atuais leis, que muitas vezes resultam na rápida liberação de agressores, colocando em risco outras vidas. Seu apelo pela prisão perpétua para casos de feminicídio ressoa como uma busca por uma resposta mais enérgica e dissuasiva diante desse tipo de violência. Além disso, ela questiona a inação dos legisladores diante da urgência de medidas efetivas para combater esse cenário alarmante.

 

A sociedade, por meio desses episódios dolorosos, é convocada a refletir sobre a responsabilidade coletiva na proteção das mulheres e na demanda por leis mais eficientes. O caso de Francisca não pode ser apenas mais uma estatística trágica; ele deve servir como catalisador para ações imediatas e significativas que promovam a segurança e a justiça para as mulheres de Mato Grosso e de todo o país.

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