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Polícia investiga mãe de bebê estuprada e morta na zona Sul de Porto Alegre; padrasto foi preso

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A Polícia Civil investiga a responsabilidade da mãe da bebê de um ano, morta após ter sido estuprada e torturada, na zona Sul de Porto Alegre. A mulher, de 30 anos, foi ouvida na condição de testemunha, mas a instituição suspeita que ela tenha encoberto os crimes que precederam a morte da menina. O companheiro dela e padrasto da vítima é um homem de 22 anos. Ele foi preso em flagrante.

A criança morreu na noite de segunda-feira, após ser levada ao Hospital da Restinga pela irmã do suspeito. O laudo médico aponta que a bebê foi estuprada e tinha fraturas no rosto, pescoço, coluna e ombros, além de lesões cerebrais.

De acordo com a Brigada Militar, a mãe havia saído para trabalhar e deixado a criança aos cuidados do companheiro, na parte da tarde, na casa onde moravam. Ao chegar na residência do casal, a irmã do suspeito encontrou a criança desacordada e decidiu levá-la ao hospital, de carona no carro de uma vizinha.

O homem teria alegado para a irmã que a bebê desmaiou após se engasgar enquanto tomava mamadeira. Ele esperou a chegada da companheira para se deslocar ao hospital, onde foi preso pela BM.

Aos militares, o homem disse que a criança havia sofrido uma queda na última sexta-feira. Ele também admitiu ter agredido a vítima, mas negou tê-la estuprado. O suspeito, que já tinha antecedentes por lesão corporal e ameaça, decidiu permanecer em silêncio durante o interrogatório na Delegacia de Polícia Civil.

O diretor do Departamento de Proteção dos Grupos Vulneráveis da Polícia Civil, delegado Christian Nedel, afirmou que o comportamento da mãe da vítima levantou suspeitas. “Ela tentou proteger o companheiro durante o depoimento. A responsabilidade dela no crime ainda está sendo investigada, mas não descartamos indiciá-la por omissão”, afirmou.


A investigação apontou que a criança foi alvo de torturas nos dias que precederam a morte. A mãe da vítima tem outros três filhos, de 4, 6 e 11 anos. Já o suspeito, tem uma filha de 3 anos. Todas as crianças vão passar por perícias. O objetivo é descobrir se elas também foram vítimas de abusos e agressões. Um inquérito policial deve ser concluído dentro de dez dias.

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