A expectativa é que a análise complemente a perícia que foi feita no auditório da Escola de Saúde da Marinha, onde a capitã de Mar e Guerra Gisele Mello foi na terça-feira (10) e foi atingida na cabeça. Comboio da Polícia Civil segue para o Complexo do Lins Reprodução/ TV Globo A Polícia Civil iniciou, nesta sexta-feira (13), uma operação no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. O objetivo é fazer uma perícia técnica na casa de onde teria partido o tiro que matou a médica da Marinha, Gisele Mendes, no Hospital Marcílio Dias. O imóvel, abandonado, fica na comunidade do Gambá, próximo ao local. Gisele participou de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, no 2º andar, quando uma bala perdida caiu pela janela e caiu na cabeça, na terça-feira (10). O prédio é anexo ao hospital. A expectativa é que a análise desta sexta complemente a perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) que já foi feita no auditório. O laudo revelou que o prédio foi atingido por pelo menos três tiros e que os tiros partiram de uma região de casas, no Gambá, que seria utilizada como contenção pelo tráfego da região e fica um pouco acima da janela da escola. Gisele estava em pé e de costas e foi ferida na nuca. Levada ao centro cirúrgico, morreu algumas horas depois. A médica tinha 55 anos e deixou dois filhos. A Polícia Civil faz operação para determinar o local de onde partiu o tiro que atingiu médicos da Marinha Reprodução/ TV Globo O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Naquele momento, segundo a PM, ocorria uma operação no Lins, a poucos metros da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier. A corporação informou que um blindado foi atacado logo na entrada da comunidade, por volta das 9h. A região é cercada por 16 comunidades, que juntas formam o Complexo do Lins. O local é alvo de constantes tiroteios. Janela atingida por tiro no Hospital Naval Marcílio Dias Reprodução/Polícia Civil Ocupação da Marinha Na manhã de quinta-feira (12), a Marinha ocupou a região do Complexo do Lins com 8 blindados e 250 homens. Eles farão patrulhamentos nas ruas e só entrarão nas comunidades com ordem do Ministério da Defesa. A ocupação é por tempo indeterminado. “Sem a intenção de garantir a segurança da tripulação e dos usuários do Hospital Naval Marcílio Dias, a Marinha do Brasil exercerá ação de presença com meios de fuzileiros navais, na área sob sua jurisdição, adjacente à organização militar, até o limite máximo de 1.320 metros do seu perímetro”, diz a nota da Marinha. Blindados no pátio da Escola de Saúde da Marinha César Sales/Arquivo Pessoal Os blindados foram estacionados em um pátio entre a ala de emergência e a Escola de Saúde. Os militares pediram para que os motoristas retirassem os veículos do pátio principal do prédio para facilitar a movimentação da tropa e dos veículos. Pacientes e funcionários se mostraram preocupados com o movimento atípico. Por sua vez, os moradores têm novos confrontos no bairro. Capitão de Mar e Guerra Médica, Gisele Mendes, foi vítima de bala perdida Divulgação