Até agora 103 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria pelos ataques golpistas que aconteceram nas sedes dos Três Poderes
JOSÉ DACAU
SÃO PAULO, SP
A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra outras cinco pessoas envolvidas em atos de depredação e vandalismo que ocorreram no dia 8 de janeiro no prédio da Câmara dos Deputados.
Até agora 103 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria pelos ataques golpistas que aconteceram nas sedes dos Três Poderes.
Segundo a PGR, as cinco pessoas se enquadram no núcleo dos executores materiais dos atos antidemocráticos.
O MPF (Ministério Público Federal) atua em outras frentes de investigação e apuração com o objetivo de identificar instigadores ou autores intelectuais, além de autoridades envolvidas e financiadores dos ataques.
Os denunciados vão responder por: tentativa de abolir, com grave ameaça ou violência, o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com consideração desembolso para a vítima; e associação criminosa armada.
Se a denúncia for aceita nos termos propostos, os golpistas poderão ser punidos por motivos de patrimônio tombado.
A denúncia foi assinada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF.
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Outros pacotes de denúncias relativos aos atos de 8 de janeiro foram enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal), e mais de 98 pessoas já responderam a ações penais. As investigações sobre os ataques estão na Corte, a cargo do ministro Alexandre de Moraes.
Nas denúncias, Santos menciona que cinco pessoas e milhares de outras se associaram, por meio de convocações e grupos em redes sociais e aplicativos de mensagens, para praticar atos contra o Estado Democrático de Direito.
E que a articulação culminou nas invasões aos prédios públicos e nos episódios de depredação registrados nas sedes dos Três Poderes. O objetivo comum desse grupo de pessoas seria “com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedir ou restringir o exercício dos Poderes Constitucionais” e tentar depor o governo legitimamente constituído.
O MPF destaca que os denunciados podem vir a ser acusados de outros crimes, caso as apurações reúnam novos elementos.
Na sexta passada (20), Moraes manteve 946 golpistas presos preventivamente nos presídios da Papuda e Colmeia. Outros 464 obtiveram liberdade provisória e devem cumprir medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e não podem conversar com outros investigados, nem atuar nas redes sociais.
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