A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (16), um militar da Marinha suspeito de operar drones lança-granadas para o Comando Vermelho (CV), maior facção criminosa do Rio de Janeiro. A ação faz parte da Operação Bomba de zumbido realizado nesta manhã com apoio da Marinha.
O militar, que não teve identidade revelada, foi alvo de prisão preventiva no posto de trabalho, na capital fluminense, informou a Agência Brasil. A corporação ainda tenta cumprir um segundo mandato de prisão e três de busca e apreensão.
O outro alvo do mandado de prisão é um dos chefes do CV que estava no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio. Os policiais federais foram recebidos a tiros ao chegar no local. Quatro moradores foram atingidos por tiros feitos pelos criminosos, a princípio sem gravidade.
“Para evitar um confronto armado de maiores proporções e preservar a população local, a equipe da deflagração optou por não obrigações com a ação”, disse a PF.
Em nota, a PF informou que o objetivo da operação é coibir o uso de aeronaves pilotadas remotamente pela organização criminosa do Rio contra forças de segurança, facções rivais e milicianos.
As ordens judiciais foram expedidas 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJ-RJ. As investigações tiveram início após um ataque de traficantes de CV contra milicianos no dia 15 de fevereiro deste ano.
Na ocasião, a facção usou drones equipados com dispositivos para o lançamento de artefatos explosivos, na comunidade de Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio. “No curso das apurações, a PF acordou o responsável por operar a comissão, que foi utilizado no ataque ocorrido em 15 de fevereiro de 2024”, disse a PF.
Além disso, os drones foram usados pela facção criminosa para monitorar as ações policiais realizadas no Complexo da Penha, bem como em outras áreas dominadas pelo CV.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva, que já foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP-RJ), poderão responder por crimes de organização criminosa e posse de material explosivo.
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