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Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo

Redação Por Redação
16 de novembro de 2025
Em Notícias
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Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo
Twitter1128254686redacaobcn@gmail.com



Pecuária que preserva, cacau que refloresta: como o dinheiro do clima chega ao campo
[/gpt3]Os guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa “As pessoas vêem essas catástrofes que estão ocorrendo… muitas vezes é (por) não preservar a natureza”, diz o familiar pecuarista Antônio Bonoto, que vive no Pampa gaúcho, em Alegrete (RS). A mais de 3 mil km dali, no meio da Mata Atlântica, em Ilhéus (BA), a mesma ideia ecoa na voz do cacique Tupinambá Alicio Francisco: “Não desmata a cabeça de água, que é a nossa vida. A gente, sem água, como é que nós vamos viver?”. Os dois fazem parte de comunidades rurais que buscam recursos para preservar o meio ambiente, mostrando, na prática, como o financiamento climático está chegando no campo brasileiro. ➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série “PF: ​​Prato do Futuro”, onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. O financiamento climático é o dinheiro investido em projetos que ajudam a reduzir as emissões de gases poluentes e a preparação de territórios e sistemas produtivos para lidar com os impactos do aquecimento global, como secos e enchentes. Esse é um dos temas centrais da COP30, a Conferência do Clima da ONU, em Belém. No evento, o foco dos países tem sido o financiamento para a conservação das florestas. Mas, no Brasil, investir na agropecuária sustentável também é essencial para atingir metas climáticas. Afinal, ela responde por 28% das emissões de emissões no país, depois do desmatamento. Para isso, um dos desafios é fazer com que o “dinheiro do clima” chegue aos pequenos produtores, grupo que hoje tem mais dificuldades para acessar recursos, seja por meio de incentivos e doações ou empréstimos. No Sul e no Nordeste, o g1 conheceu alguns caminhos. Nas cidades de Alegrete e Lavras do Sul (RS), pequenos pecuaristas recebem assistência técnica gratuita para recuperar a vegetação do Pampa, a partir de recursos de uma lei ambiental do estado (veja no vídeo acima). Em Ilhéus, a comunidade da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima conseguiu um empréstimo pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do governo federal, para cultivar cacau reflorestando a Mata Atlântica (veja no vídeo abaixo). Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas Recuperando o Pampa Gaúcho Imagem de uma propriedade em Lavras do Sul (RS) que teve o apoio do projeto de Recuperação de Biomas, que ensina pequenos pecuaristas a regenerarem a vegetação do Pampa. Giaccomo Voccio/g1 O projeto que o g1 conheceu no Sul foi criado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), em 2018, com o objetivo de ensinar técnicas de regeneração do Pampa a pecuaristas familiares. 🔎 Entre 2015 e 2024, o Pampa perdeu 13.000 km² de vegetação nativa. Isso é praticamente nove vezes na cidade de São Paulo. O projeto recebe recursos por meio de uma lei estadual de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), que determina que empresas que desmatam compensem o impacto com o plantio de mudas, a compra de unidades de conservação para doação ao estado, etc. Mas há uma opção específica para as empresas que constroem obras de interesse público, como estradas e aeroportos: a de investir em projetos de sustentabilidade aprovados pelo governo do RS. Um deles é justamente a iniciativa da Fetag. Uma das empresas com dívidas ambientais que financia o projeto é a companhia de energia CPFL. “Para fazer a manutenção de nossas redes elétricas e implantar novos empreendimentos, a gente precisa, muitas vezes, suprimir crescimento”, diz Robson Tanaka, gerente de meio ambiente da companhia. A CPFL libera recursos para a Fetag, normalmente, a cada três meses, mediante prestação de contas. O projeto começa com um pagamento inicial, mas as próximas parcelas são pagas após o envio de relatórios à CPFL e ao governo estadual que comprovam como o dinheiro foi usado no trimestre anterior. A empresa também faz vistorias nas propriedades, enquanto o governo estadual emite o laudo final comparando o antes e o depois da área. Nessa última etapa, a propriedade precisa ter tido um aumento no número de espécies nativas e na qualidade do solo. “Se suas acordos 20, 30 espécies naturais do bioma Pampa na primeira visita, o projeto, no mínimo, vai ter que sair com 40 espécies”, explica José Mário Araújo Mafaldo, engenheiro agrônomo da Fetag/RS. Desde 2019, o projeto já recuperou 7.070 hectares de campo nativo. Veja fotos do Pampa gaúcho O que uma pecuária familiar tem a ver com preservação? 🐂 Boa parte da vegetação nativa que foi destruída no Pampa nos últimos 10 anos deu lugar a plantações de soja, segundo a rede MapBiomas. Muitos produtores rurais foram atraídos para essa atividade em busca de maior rentabilidade, abandonando atividades tradicionais, como a pecuária familiar. O Pampa, inclusive, tem uma particularidade quando se trata de pecuária porque é um bioma formado por pastagens naturais, ou seja, por espécies de gramíneas e leguminosas que servem de alimentação para os animais, explica o pesquisador da Embrapa Marcos Borba. É por isso que é menos comum que o pequeno pecuarista da região desmate uma grande área, como acontece no cultivo da soja. Mas a pecuária também pode degradar o solo e eliminar espécies nativas se o produtor não cuidar da terra. Um exemplo prático é que as plantas mais consumidas pelo gado tendem a desaparecer ou diminuir no Pampa, explica Borba. Com o tempo, as espécies que não servem de alimento acabam se sobressaindo no campo, e o pecuarista passa a enxergá-las como indesejadas, o que é um erro, destaca o pesquisador. “Muitas plantas que os produtores costumam considerar como ‘invasoras’ no Pampa têm funções estratégicas. Muitas ajudam na entrada de água no solo e reciclam nutrientes por meio de suas raízes profundas”, exemplifica Borba. É por isso que, durante o projeto, os técnicos fazem um trabalho de conscientização dos produtores sobre a importância de cada planta no bioma. O Pampa abriga mais de 3 mil espécies de plantas, cerca de 450 gramíneas e aproximadamente leguminosas. Da esquerda para a direita: orelha de rato; pega pega, boiadeira da coxilha. Giaccomo Voccio/g1 Além disso, eles ensinam as formas corretas de rotação do gado para o descanso do solo e técnicas de adubação para recuperação de espécies. “Faz dois anos e meio que a gente está no projeto. Antes, a gente via o solo se degradando. Hoje a gente pode observar o campo com mais vigor”, diz o familiar pecuarista Anderson Soares Ribeiro. Indígenas que plantam para preservar Agrofloresta na aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 A aldeia indígena Tupinambá do Acuípe de Cima, na Bahia, reuniu 11 famílias que, juntas, conseguiram cerca de R$ 50 mil para plantar cacau com melhoramento genético. O cultivo realizado pelos indígenas é a cabruca, em que o fruto se desenvolve à sombra da Mata Atlântica. A técnica preserva a floresta, que é o bioma mais devastado do Brasil, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. De acordo com a instituição, atualmente, restam apenas 24% da mata nativa. Os indígenas da aldeia Tupinambá também pretendem ampliar o plantio de agroflorestas, que apresenta diversas espécies produtivas, como o cacau, bananeiras, coqueiros, feijão e mandioca. Com isso, eles vão recuperar áreas que foram desmatadas para pastagem. Tudo isso será possível por causa do financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma linha de crédito do governo que oferece condições especiais, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento do empréstimo. “A gente lembrou que não tinha como indígenas pegarem um projeto bom desse”, conta Alberto Lopes, um dos beneficiários do programa. Indígenas da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus, juntamente com o ativador de crédito Rodrigo Figueiredo e representante dos cursos técnicos na Bahia. Rafael Peixoto / g1 O crédito rural é a principal fonte de recursos para financiar práticas sustentáveis ​​na agropecuária, no Brasil, segundo a Climate Policy Initiative. Os pequenos produtores e comunidades tradicionais ainda têm dificuldades para acessá-lo. Isso acontece inclusive com o Pronaf, por diversos motivos. Por exemplo, produtores que não sabem que ele existe, não têm documentos ou até mesmo por não entenderem realmente o que é. Como levar crédito para mais pessoas Pensando na dificuldade que os produtores têm, o Instituto Conexões Sustentáveis ​​(Conexsus) criou a iniciativa CredAmbiental. Foi por meio dela que o grupo de indígenas Tupinambá conseguiu o empréstimo. O projeto treina moradores das próprias comunidades para ajudar os produtores na solicitação de crédito. Essas pessoas, que são chamadas de “ativadores de crédito”, explicam as regras do financiamento, reúnem documentos, negociam com o banco e elaboram o projeto que mostra como o dinheiro será usado e devolvido. “Os produtores pegavam o crédito e diziam que era algo que vinha do governo e não precisava pagar. Até hoje a gente atua muito em desconstruir essa informação”, explica Josué Castro, ativador de crédito. “Não é para pegar o dinheiro e gastar com carro velho, como antes se fazia. Ele tem que ser investido nessa atividade”, diz. Castro explica que os ativadores de crédito também visitam os produtores, os orientam e escrevem laudos atestando a efetividade desse crédito. “Com isso, o produtor vai produzir mais e melhor”, afirma. Os ativadores de crédito recebem uma bolsa de 18 meses, para começar o trabalho com os beneficiários. Depois desse período, cada banco define com o Conexsus o valor a ser pago pelo contrato efetivado do Pronaf. Esse dinheiro é usado para pagar os ativadores e manter os cursos de capacitação, explica Fernando Moretti, líder de crédito da Conexsus. A Conexsus também trabalha com instituições locais que oferecem aulas sobre planejamento sustentável e ensinam os agricultores como manter um negócio para gerar renda. “A gente não quer que o crédito seja um fator de individualização. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, afirma Fabíola Zerbini, diretora executiva da Conexsus e integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Com essa metodologia, 98% dos produtores avaliados pelo Conexsus estão com os pagamentos em dia, segundo o instituto. No momento, 1.054 estão com o empréstimo do Pronaf, adquirido por meio do Conexsus. Cacau plantado na agrofloresta da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 O governo federal lançou no ano passado o programa “Florestas Produtivas”, com proposta semelhante ao Conexsus. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) oferece capacitação em técnicas sustentáveis ​​em trabalhos experimentais e atendimento personalizado. Os agentes auxiliam desde o diagnóstico da propriedade até a elaboração do projeto de crédito. “Quando eu financio uma agrofloresta, estou fazendo financiamento climático”, diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA. O projeto ainda está na fase inicial e atua nos municípios do Pará, do Maranhão, do Amapá e do Acre. Veja fotos da Aldeia Tupinambá do Acuípe de CimOs guardiões do campo nativo: como pequenos pecuaristas estão regenerando o Pampa “As pessoas vêem essas catástrofes que estão ocorrendo… muitas vezes é (por) não preservar a natureza”, diz o familiar pecuarista Antônio Bonoto, que vive no Pampa gaúcho, em Alegrete (RS). A mais de 3 mil km dali, no meio da Mata Atlântica, em Ilhéus (BA), a mesma ideia ecoa na voz do cacique Tupinambá Alicio Francisco: “Não desmata a cabeça de água, que é a nossa vida. A gente, sem água, como é que nós vamos viver?”. Os dois fazem parte de comunidades rurais que buscam recursos para preservar o meio ambiente, mostrando, na prática, como o financiamento climático está chegando no campo brasileiro. ➡️Esta reportagem faz parte do quinto episódio da série “PF: ​​Prato do Futuro”, onde o g1 mostra soluções para desafios da produção de alimentos no Brasil. O financiamento climático é o dinheiro investido em projetos que ajudam a reduzir as emissões de gases poluentes e a preparação de territórios e sistemas produtivos para lidar com os impactos do aquecimento global, como secos e enchentes. Esse é um dos temas centrais da COP30, a Conferência do Clima da ONU, em Belém. No evento, o foco dos países tem sido o financiamento para a conservação das florestas. Mas, no Brasil, investir na agropecuária sustentável também é essencial para atingir metas climáticas. Afinal, ela responde por 28% das emissões de emissões no país, depois do desmatamento. Para isso, um dos desafios é fazer com que o “dinheiro do clima” chegue aos pequenos produtores, grupo que hoje tem mais dificuldades para acessar recursos, seja por meio de incentivos e doações ou empréstimos. No Sul e no Nordeste, o g1 conheceu alguns caminhos. Nas cidades de Alegrete e Lavras do Sul (RS), pequenos pecuaristas recebem assistência técnica gratuita para recuperar a vegetação do Pampa, a partir de recursos de uma lei ambiental do estado (veja no vídeo acima). Em Ilhéus, a comunidade da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima conseguiu um empréstimo pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do governo federal, para cultivar cacau reflorestando a Mata Atlântica (veja no vídeo abaixo). Como indígenas usam financiamento do governo para montar agroflorestas Recuperando o Pampa Gaúcho Imagem de uma propriedade em Lavras do Sul (RS) que teve o apoio do projeto de Recuperação de Biomas, que ensina pequenos pecuaristas a regenerarem a vegetação do Pampa. Giaccomo Voccio/g1 O projeto que o g1 conheceu no Sul foi criado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS), em 2018, com o objetivo de ensinar técnicas de regeneração do Pampa a pecuaristas familiares. 🔎 Entre 2015 e 2024, o Pampa perdeu 13.000 km² de vegetação nativa. Isso é praticamente nove vezes na cidade de São Paulo. O projeto recebe recursos por meio de uma lei estadual de Reposição Florestal Obrigatória (RFO), que determina que empresas que desmatam compensem o impacto com o plantio de mudas, a compra de unidades de conservação para doação ao estado, etc. Mas há uma opção específica para as empresas que constroem obras de interesse público, como estradas e aeroportos: a de investir em projetos de sustentabilidade aprovados pelo governo do RS. Um deles é justamente a iniciativa da Fetag. Uma das empresas com dívidas ambientais que financia o projeto é a companhia de energia CPFL. “Para fazer a manutenção de nossas redes elétricas e implantar novos empreendimentos, a gente precisa, muitas vezes, suprimir crescimento”, diz Robson Tanaka, gerente de meio ambiente da companhia. A CPFL libera recursos para a Fetag, normalmente, a cada três meses, mediante prestação de contas. O projeto começa com um pagamento inicial, mas as próximas parcelas são pagas após o envio de relatórios à CPFL e ao governo estadual que comprovam como o dinheiro foi usado no trimestre anterior. A empresa também faz vistorias nas propriedades, enquanto o governo estadual emite o laudo final comparando o antes e o depois da área. Nessa última etapa, a propriedade precisa ter tido um aumento no número de espécies nativas e na qualidade do solo. “Se suas acordos 20, 30 espécies naturais do bioma Pampa na primeira visita, o projeto, no mínimo, vai ter que sair com 40 espécies”, explica José Mário Araújo Mafaldo, engenheiro agrônomo da Fetag/RS. Desde 2019, o projeto já recuperou 7.070 hectares de campo nativo. Veja fotos do Pampa gaúcho O que uma pecuária familiar tem a ver com preservação? 🐂 Boa parte da vegetação nativa que foi destruída no Pampa nos últimos 10 anos deu lugar a plantações de soja, segundo a rede MapBiomas. Muitos produtores rurais foram atraídos para essa atividade em busca de maior rentabilidade, abandonando atividades tradicionais, como a pecuária familiar. O Pampa, inclusive, tem uma particularidade quando se trata de pecuária porque é um bioma formado por pastagens naturais, ou seja, por espécies de gramíneas e leguminosas que servem de alimentação para os animais, explica o pesquisador da Embrapa Marcos Borba. É por isso que é menos comum que o pequeno pecuarista da região desmate uma grande área, como acontece no cultivo da soja. Mas a pecuária também pode degradar o solo e eliminar espécies nativas se o produtor não cuidar da terra. Um exemplo prático é que as plantas mais consumidas pelo gado tendem a desaparecer ou diminuir no Pampa, explica Borba. Com o tempo, as espécies que não servem de alimento acabam se sobressaindo no campo, e o pecuarista passa a enxergá-las como indesejadas, o que é um erro, destaca o pesquisador. “Muitas plantas que os produtores costumam considerar como ‘invasoras’ no Pampa têm funções estratégicas. Muitas ajudam na entrada de água no solo e reciclam nutrientes por meio de suas raízes profundas”, exemplifica Borba. É por isso que, durante o projeto, os técnicos fazem um trabalho de conscientização dos produtores sobre a importância de cada planta no bioma. O Pampa abriga mais de 3 mil espécies de plantas, cerca de 450 gramíneas e aproximadamente leguminosas. Da esquerda para a direita: orelha de rato; pega pega, boiadeira da coxilha. Giaccomo Voccio/g1 Além disso, eles ensinam as formas corretas de rotação do gado para o descanso do solo e técnicas de adubação para recuperação de espécies. “Faz dois anos e meio que a gente está no projeto. Antes, a gente via o solo se degradando. Hoje a gente pode observar o campo com mais vigor”, diz o familiar pecuarista Anderson Soares Ribeiro. Indígenas que plantam para preservar Agrofloresta na aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 A aldeia indígena Tupinambá do Acuípe de Cima, na Bahia, reuniu 11 famílias que, juntas, conseguiram cerca de R$ 50 mil para plantar cacau com melhoramento genético. O cultivo realizado pelos indígenas é a cabruca, em que o fruto se desenvolve à sombra da Mata Atlântica. A técnica preserva a floresta, que é o bioma mais devastado do Brasil, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica. De acordo com a instituição, atualmente, restam apenas 24% da mata nativa. Os indígenas da aldeia Tupinambá também pretendem ampliar o plantio de agroflorestas, que apresenta diversas espécies produtivas, como o cacau, bananeiras, coqueiros, feijão e mandioca. Com isso, eles vão recuperar áreas que foram desmatadas para pastagem. Tudo isso será possível por causa do financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), uma linha de crédito do governo que oferece condições especiais, como juros mais baixos e prazos maiores para pagamento do empréstimo. “A gente lembrou que não tinha como indígenas pegarem um projeto bom desse”, conta Alberto Lopes, um dos beneficiários do programa. Indígenas da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima, em Ilhéus, juntamente com o ativador de crédito Rodrigo Figueiredo e representante dos cursos técnicos na Bahia. Rafael Peixoto / g1 O crédito rural é a principal fonte de recursos para financiar práticas sustentáveis ​​na agropecuária, no Brasil, segundo a Climate Policy Initiative. Os pequenos produtores e comunidades tradicionais ainda têm dificuldades para acessá-lo. Isso acontece inclusive com o Pronaf, por diversos motivos. Por exemplo, produtores que não sabem que ele existe, não têm documentos ou até mesmo por não entenderem realmente o que é. Como levar crédito para mais pessoas Pensando na dificuldade que os produtores têm, o Instituto Conexões Sustentáveis ​​(Conexsus) criou a iniciativa CredAmbiental. Foi por meio dela que o grupo de indígenas Tupinambá conseguiu o empréstimo. O projeto treina moradores das próprias comunidades para ajudar os produtores na solicitação de crédito. Essas pessoas, que são chamadas de “ativadores de crédito”, explicam as regras do financiamento, reúnem documentos, negociam com o banco e elaboram o projeto que mostra como o dinheiro será usado e devolvido. “Os produtores pegavam o crédito e diziam que era algo que vinha do governo e não precisava pagar. Até hoje a gente atua muito em desconstruir essa informação”, explica Josué Castro, ativador de crédito. “Não é para pegar o dinheiro e gastar com carro velho, como antes se fazia. Ele tem que ser investido nessa atividade”, diz. Castro explica que os ativadores de crédito também visitam os produtores, os orientam e escrevem laudos atestando a efetividade desse crédito. “Com isso, o produtor vai produzir mais e melhor”, afirma. Os ativadores de crédito recebem uma bolsa de 18 meses, para começar o trabalho com os beneficiários. Depois desse período, cada banco define com o Conexsus o valor a ser pago pelo contrato efetivado do Pronaf. Esse dinheiro é usado para pagar os ativadores e manter os cursos de capacitação, explica Fernando Moretti, líder de crédito da Conexsus. A Conexsus também trabalha com instituições locais que oferecem aulas sobre planejamento sustentável e ensinam os agricultores como manter um negócio para gerar renda. “A gente não quer que o crédito seja um fator de individualização. Ele precisa ser um fator de empoderamento”, afirma Fabíola Zerbini, diretora executiva da Conexsus e integrante da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Com essa metodologia, 98% dos produtores avaliados pelo Conexsus estão com os pagamentos em dia, segundo o instituto. No momento, 1.054 estão com o empréstimo do Pronaf, adquirido por meio do Conexsus. Cacau plantado na agrofloresta da aldeia Tupinambá do Acuípe de Cima Rafael Peixoto / g1 O governo federal lançou no ano passado o programa “Florestas Produtivas”, com proposta semelhante ao Conexsus. O programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) oferece capacitação em técnicas sustentáveis ​​em trabalhos experimentais e atendimento personalizado. Os agentes auxiliam desde o diagnóstico da propriedade até a elaboração do projeto de crédito. “Quando eu financio uma agrofloresta, estou fazendo financiamento climático”, diz Moises Savian, secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA. O projeto ainda está na fase inicial e atua nos municípios do Pará, do Maranhão, do Amapá e do Acre. Veja fotos da Aldeia Tupinambá do Acuípe de Cim[/gpt3]

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